Pandemia faz cair diferença entre nascimentos e óbitos no estado de São Paulo

Pandemia faz cair diferença entre nascimentos e óbitos no estado de São Paulo, segundo pesquisa da Fundação Seade; saldo foi negativo em março, abril e junho de 2021

Estudo da Fundação Seade mostra que a comparação entre nascimentos e óbitos – o chamado ‘saldo vegetativo’ -, entre os mesmos meses do período de 2018 a 2020, registrou redução que se intensificou no último ano em consequência dos efeitos da pandemia de Covid-19.

No primeiro semestre de 2021, o saldo vegetativo mensal no estado de São Paulo foi negativo em março, abril e junho. Em maio, apesar de positivo, o saldo ficou próximo de zero.

Tal fenômeno, segundo os pesquisadores, é resultado do rápido aumento das mortes provocadas pela pandemia, que superaram o volume de nascimentos nesses meses.
A situação deve se reverter no segundo semestre deste ano com a diminuição dos óbitos, retornando a valores positivos e mantendo a tendência decrescente observada anteriormente.
O saldo vegetativo, que dimensiona o crescimento natural da população, apresentou trajetória decrescente no estado ao longo dos últimos 20 anos.

Essa tendência deve-se à redução do volume de nascimentos, consequência direta da queda da fecundidade, e ao contínuo aumento de óbitos, associado ao processo de envelhecimento populacional.

INTERIOR
A evolução do saldo vegetativo no interior paulista, incluindo o Vale do Paraíba, segue tendência semelhante nos três primeiros meses de 2021, com saldos positivos em janeiro e fevereiro e negativos entre março e junho.
CASAMENTOS
A pandemia do novo coronavírus esvaziou as igrejas e os cartórios do Vale do Paraíba a ponto de os casamentos registrarem a maior queda percentual da série histórica da Fundação Seade, que começa em 1980 e se baseia em dados do Registro Civil.

A região totalizou 12.461 matrimônios no ano passado contra 16.983 em 2019, queda de 27%. Nunca um percentual tão alto de queda na quantidade de casamentos havia sido registrado no Vale.
Antes de 2020, a região havia tido 18% de redução nos matrimônios em 2018, com 14.757 uniões contra 17.960 no ano anterior. O número de casórios no ano passado também foi o menor para a região desde 2004, quando 12.219 casamentos foram organizados no Vale.

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