Em seis meses, nível médio das represas da RMVale diminui 56%; últimas chuvas miniminizam estiagem
Na média dos quatro reservatórios, no período de seis meses, o volume útil caiu de 53% em abril para 24%, em 17 de outubro
Apenas no último mês, a estiagem fez os reservatórios reduzirem em 9% o volume de água, que era de 26% em 17 der setembro.
As chuvas das últimas semanas ajudaram a minimizar os impactos da estiagem nos reservatórios, mas ainda são insuficientes para recuperar a água perdida desde abril, o que só deve ocorrer no começo de 2022.
As represas da bacia do rio Paraíba do Sul estão com volume útil de água 56% mais baixo, em média, do que tinham no final do período chuvoso deste ano, no começo do mês de abril.
O levantamento é de OVALE com base nos dados oficiais da ANA (Agência Nacional de Águas) sobre a bacia do Rio do Paraíba do Sul.
REPRESAS
Entre as quatro represas da bacia do rio Paraíba do Sul, a de Paraibuna, que é a maior e a mais importante para a região, perdeu 70% de água desde o início do outono e da temporada mais seca do ano: 51,92% para 15% em outubro.
Na mesma base de comparação, a represa de Santa Branca perdeu 34% de volume útil, a de Jaguari recuou 66,5% e a do Funil perdeu 43,9%.
ESTIAGEM
De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste chegaram, ao final de maio deste ano, com o armazenamento médio mais baixo para o mês desde 2001, ano em que o país enfrentou um racionamento de energia.
As duas regiões abrigam as principais hidrelétricas brasileiras, mas sofrem com chuva abaixo da média. No último período úmido, entre novembro de 2020 e abril de 2021, foi registrado o menor volume de chuvas dos últimos 91 anos.