Júri condena padrasto por decapitar bebê em Pinda
Criminoso é sentenciado a 54 anos de prisão; criança foi morta em outubro do ano passado em crime que chocou a região
Preso no fim de 2020 pelo assassinato da enteada de apenas um ano, um morador de Pindamonhangaba foi condenado na última terça-feira (10) a 54 anos de detenção. O padrasto é acusado de decapitar a criança e abandonar o seu corpo às margens de uma estrada no distrito de Quiririm, em Taubaté.
Acompanhado de um advogado, o servente de pedreiro Diogo da Silva Leite, que não teve sua idade divulgada, tentou se defender das acusações da Promotoria de Justiça, mas acabou não convencendo o júri popular. O réu foi condenado por ocultação de cadáver e homicídio qualificado, já que não ofereceu chances de defesa para a vítima e utilizou um meio cruel para matá-la.
Apesar da defesa de Leite ainda poder recorrer da sentença, ele permanecerá preso na penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, popularmente conhecida como a P2 de Taubaté.
Ocorrido em 13 de outubro do ano passado, o assassinato da pequena Maria Clara, que tinha apenas um ano e três meses, causou comoção e revolta em Pinda. De acordo com a Polícia Civil, o padrasto, que morava no bairro Araretama, alegou à companheira na época que levou a enteada para passear de bicicleta, mas no meio do caminho precisou usar o banheiro, deixando a criança sob os cuidados de um desconhecido, que a raptou.
Acionada pela mãe da criança, a Polícia Civil desconfiou da versão de Leite. Questionado pelos policiais, o padrasto confessou que decapitou Maria Clara às margens da rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123), no distrito de Quiririm. Na sequência, a equipe policial encontrou o corpo da menina numa região de mata, apontada pelo criminoso.
O crime causou revolta em Pinda, levando um grupo de moradores do Araretama a incendiar a casa do servente de pedreiro, que ficava na rua Martins.
Apesar de indagado pela Polícia Civil e pela Promotoria de Justiça, o padrasto até hoje não revelou a motivação do crime. Durante o inquérito, ele chegou afirmar que a mãe e o pai da criança sabiam do assassinato, mas essa hipótese foi descartada por falta de provas.
Fonte: Jornal Atos