Doze são presos em operação contra roubo de gado e venda de carne clandestina na região
Doze pessoas foram presas em uma operação contra roubo de gado e máquinas agrícolas na região do Vale do Paraíba. De acordo com a Polícia Civil, o grupo roubava os animais, mantinha em abatedouros clandestinos e vendia a carne, que era produzida sem os cuidados sanitários. O grupo ainda usava a venda de animais para a lavagem de dinheiro. A suspeita é de que eles agissem na região e também em Minas Gerais.
A operação durou sete dias e terminou nesta quarta-feira (23). Foram cumpridos mandados em Igaratá, Santa Branca, Jacareí, Taubaté, Pindamonhangaba e Caçapava. Segundo a Polícia Civil, eles estiveram na propriedade onde o grupo mantinha os animais e também fecharam um abatedouro clandestino. Na ação, foram apreendidas mais de 500 cabeças de gado, armas de fogo, tratores e caminhões boiadeiros; além de documentos para falsificar a propriedade dos animais.
O grupo agia invadindo propriedades rurais e agia de forma violenta durante os roubos. De acordo com a polícia, eles invadiam as propriedades rurais, amarravam e ameaçavam as vítimas, inclusive crianças. Os animais roubados eram usados para manter o esquema de venda da carne, feita em estabelecimentos clandestinos, para lavagem de dinheiro.Cerca de 25 policiais atuaram na operação, que teve de fazer buscas em mata por criminosos que tentaram fugir das propriedades. A polícia não informou quantos foram presos em cada cidade. Os animais apreendidos estão em uma propriedade na região e sendo devolvidos às vítimas de roubo.
Em uma das propriedades alvo de mandados de busca e apreensão, em Igaratá, a Polícia Civil apreendeu caixas com cestas básicas da prefeitura de São Paulo. Segundo a investigação, foram apreendidas 60 caixas com o selo da gestão da capital com alimentos.
A suspeita é de que as cestas tenham sido pegas em um roubo de carga. O crime é investigado pela polícia. A reportagem do G1 acionou a prefeitura de São Paulo que informou que informou que desconhecia o caso, mas colabora com a Polícia Civil.
Fonte: G1/Vale do ParaíbaFoto: Divulgação/Polícia Civil