Com apresentações online, Festival de Inverno é adiado para julho

Evento previsto para começar no sábado (19) passa a ter previsão para ser realizado de 3 de julho a 1ª de agosto. Apresentações vão acontecer com transmissão online, por casa da Covid-19.

O Festival de Inverno de Campos do Jordão, previsto para começar no sábado (19), foi adiado para julho. Este é o terceiro adiamento do evento, que é um dos principais atrativos do turismo durante a temporada. Apesar de mantido, o evento vai acontecer pela primeira vez com transmissões online.
A nova data prevê que o festival seja realizado de 3 de julho a 1ª de agosto em formato online. As apresentações vão acontecer em espaços em São Paulo e vão ser transmitidas por canais na internet.
Em 2020 o evento estava marcado para junho, quando houve o auge da pandemia no estado e, por isso, foi adiado. À época, a Secretaria de Cultura havia anunciado uma versão de verão para manter o movimento na cidade durante a baixa do turismo, que aconteceria em janeiro de 2021. Apesar disso, com uma nova onda de casos e mortes por Covid-19 o governo estadual decidiu mais uma vez adiar.
Na última mudança, o anúncio era de que o Festival de Inverno aconteceria entre os dias 19 de junho e 25 de agosto com 161 apresentações – 41 a mais que o previsto na primeira versão. Com a vacinação em ritmo ainda lento e o número de casos e mortes ainda em alta, houve um novo adiamento para uma adaptação de formato.

De acordo com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, a 51ª edição do Festival de Campos do Jordão terá concertos e atividades pedagógicas em transmissões nos canais do evento e em uma plataforma mantida pela pasta.
A secretaria informou que ainda vai divulgar a programação. Serão feitas transmissões de apresentações na capital em telões em Campos do Jordão, além de transmissão de concertos feitos no auditório Cláudio Santoro, que vão acontecer sem público.

COMÉRCIO
No último ano, Campos do Jordão passou a temporada de inverno com restrições no comércio. A cidade tem como principal motor para a economia o turismo. Com o cancelamento do festival de inverno, que movimenta em média 130 mil pessoas por fim de semana do evento, as associações comerciais citaram prejuízo de cerca de R$ 300 milhões com a temporada.
Em sua última edição, segundo dados do governo estadual, o Festival de Inverno foi responsável por movimentar R$ 130 milhões na cidade. O cancelamento e os constantes adiamentos em 2020 geraram protestos por parte do comércio.
Apesar disso, este ano, segundo o Sinhores, que representa hotéis, pousadas, bares e restaurantes, os empresários preferiam que o evento fosse adiado para 2022. De acordo com o presidente, Paulo Costa, o comércio teme que haja novas aglomerações e a prefeitura adote medidas restritivas, como as que foram adotadas em reflexo do movimento de Corpus Christi.

“Não achamos que seja o momento de ter aglomerações. Para isso, teria que pensar em um novo formato. E se, por acaso, o festival não for acontecer fisicamente, preferimos que seja mantido para 2022, com a cidade em uma situação mais tranquila com relação a pandemia. Sem a demanda que ele tem, preferimos que seja feito depois”, explica.

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