Após uma semana de greve, funcionários da LG retornam ao trabalho em Taubaté

Funcionários estavam em greve desde rejeição da proposta de indenização da empresa após anúncio de fechamento. Sindicato deve retomar negociações nesta semana.

Os funcionários da LG voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (19) após uma semana de greve. A paralisação havia sido anunciada depois da rejeição da proposta de indenização da empresa pelo encerramento da planta. Com o retorno, o sindicato deve retomar as negociações.
Os trabalhadores decidiram retornar ao trabalho após uma assembleia na manhã da segunda-feira em frente a fábrica. Além da retomada, a proposta votada previa o pagamento dos dias parados; retomada da negociação de uma nova indenização.
O plano ainda prevê reuniões com o governo estadual e Ministério Público. A medida é porque, segundo a entidade, a saída do setor de monitores seria por falta de incentivos fiscais.

De acordo com o sindicato, as negociações para indenização devem seguir até a sexta-feira (23), quando há expectativa de apresentação de uma nova proposta.
A planta tem mil funcionários, sendo 700 dos setores de celular e monitores que devem ser desativados. Outros 300 devem permanecer empregados trabalhando no setor de celulares.

O QUE DIZ A LG
A reportagem acionou a empresa, mas aguardava o retorno até a publicação.

FIM DA PRODUÇÃO EM TAUBATÉ
A LG anunciou o encerramento global da produção de celulares e a transferência da linha de monitores e notebooks para a fábrica de Manaus (AM), onde já produz aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e outros eletrodomésticos da chamada linha branca.
A decisão de encerrar a produção em Taubaté está ligada principalmente na saída da sul-coreana do mercado de celulares. A fábrica no interior de São Paulo era a única da companhia no país voltada para a produção de smartphones.
Com a queda na produtividade da planta, a empresa decidiu pela transferência do setor de monitores e notebooks para outra unidade.
A decisão de deixar o mercado de celulares ocorreu após sucessivas perdas no setor. Desde o início do ano, a empresa falava sobre a possibilidade, chegando a comentar com a imprensa na Coreia sobre a intenção de vender o nicho para outra empresa. Apesar disso, as tentativas de negociação não tiveram sucesso.

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