Primeiro satélite nacional de observação da Terra é lançado com sucesso, diz Inpe
Lançamento do Amazonia 1 foi realizado à 1h54 deste domingo (28) a partir do Satish Dhawan Space Centre, em Sriharikota, na Índia.
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) anunciou na manhã deste domingo (28) que o lançamento do satélite Amazonia 1 foi um sucesso. Ocorreu à 1h54 (horário de Brasília) deste domingo, a partir do Satish Dhawan Space Centre, em Sriharikota, na Índia.
Os dados estarão disponíveis tanto para comunidade científica e órgãos governamentais quanto para usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre.
O satélite também é o primeiro construído a partir da PMM (Plataforma Multimissão), estrutura inovadora desenvolvida pelo Inpe e capaz de se adaptar aos propósitos de diferentes missões e, assim, reduzir custos de projetos espaciais.
Ao final do lançamento bem-sucedido, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, comentou a importância da missão para o Brasil.
“O satélite será fundamental para o monitoramento da Amazônia e outros biomas no Brasil, além de inaugurar uma nova era para a indústria brasileira de satélites.”
O diretor do Inpe, Clezio de Nardin, também comemorou o sucesso do lançamento, “um dos marcos mais importantes do desenvolvimento de um satélite” e confirmou a execução de procedimentos fundamentais para a operação do aparelho.
“O satélite executou as primeiras atividades previstas, como a abertura do painel solar, a estabilização de sua orientação em relação à Terra, a verificação preliminar de seus subsistemas e a colocação no modo de prontidão. Iniciamos neste momento a fase de teste para verificação do satélite e ajustes de sua câmera, o que permitirá obter a primeira imagem de alta resolução gerada pelo Amazonia-1.”
SATÉLITE
O Amazônia 1 é o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação, junto com o Cbers-4 e Cbers-4A. O equipamento vai fornecer imagens para monitoramento da Terra. Os dados gerados também serão úteis para atender o monitoramento da região costeira, reservatórios de água, desastres ambientais e estarão à disposição da comunidade científica, órgãos de governo e quaisquer interessados.
O equipamento integra a Missão Amazônia, que tem, por objetivo, fornecer dados de sensoriamento remoto para observar e monitorar especialmente a região amazônica, além de monitorar a agricultura no pais, a região costeira, reservatórios de água e florestas (naturais e cultivadas). Há, ainda, a possibilidade de uso para observações de possíveis desastres ambientais. A Missão Amazônia pretende lançar, em data a ser definida, mais dois satélites de sensoriamento remoto: o Amazônia-1B e o Amazônia-2.
“Entre os ganhos tecnológicos que a missão deverá render ao país se destacam a consolidação do conhecimento do Brasil no ciclo completo de desenvolvimento de satélites; o desenvolvimento da indústria nacional dos mecanismos de abertura de painéis solares, o desenvolvimento da propulsão do subsistema de controle de atitude e órbita na indústria nacional e a consolidação de conhecimentos na campanha de lançamento de satélites de maior complexidade”, informou o ministério.