Santa Casa de Aparecida atinge 100% de ocupação em leitos para pacientes com Covid-19
Administração informou que precisou transferir pacientes para outros hospitais da região, pedindo apoio à outras cidades.
A Santa Casa de Aparecida informou que atingiu a capacidade máxima de internações. A administração informou que houve alta na demanda pelo tratamento da Covid-19 e precisou transferir pacientes para outros hospitais da região, pedindo apoio à outras cidades.
A unidade é referência no atendimento de Aparecida, Potim e Roseira. Juntas, as cidades somam 1,7 mil casos confirmados de Covid-19.
Atualmente, a Santa Casa conta com cinco leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dez leitos de enfermaria, todos exclusivos para o atendimento a pacientes com coronavírus. A administração explicou que desde a quinta-feira (7) está com capacidade máxima e precisou transferir pacientes.
De acordo com o gestor da Santa Casa de Aparecida, Bartolomeu Schultz, cinco pessoas foram transferidas para hospitais de São José dos Campos, Lorena, Taubaté e Guaratinguetá.
“Nós transferimos os cinco pacientes na quinta-feira, mas no mesmo dia recebemos mais cinco pessoas. Hoje tivemos três altas, mas temos quatro pacientes aguardando leito. É uma demanda muito alta, vivemos algo parecido em julho, mas estávamos com índices muito menores. Hoje, não damos conta de atender todos”, disse Schultz.
A administração informou que pediu apoio de prefeituras de cidades próximas, para receberem os pacientes do local. De forma emergencial, a unidade estuda desativar a capela e montar no local uma nova área de leitos de enfermaria para dar o suporte no atendimento. Não há prazo para que isso ocorra.
Com a lotação da Santa Casa em Aparecida, a prefeitura de Guaratinguetá informou que foi notificada pela Diretoria Regional de Saúde (DRS) para reativar os leitos de suporte que haviam sido desativados em 4 de janeiro a pedido do Ministério da Saúde.
Segundo a prefeitura, são dez leitos que devem dar suporte na demanda de atendimento da cidade e da região. Atualmente, Guaratinguetá tem 10 leitos de enfermaria e 3 de UTI ainda vagos. A cidade informou que não há prazo para a ativação dos novos leitos.
LORENA
Por causa da alta demanda por leitos, Lorena teve de cancelar todas as cirurgias eletivas. A decisão foi tomada na sexta-feira (8) e a gestão informou que a Secretaria de Saúde está entrando em contato com os pacientes.
Segundo a gestão, a cidade tem atualmente 53 leitos para o tratamento da doença, entre UTI e enfermaria. De acordo com a última atualização, feita na sexta-feira (8), a taxa de ocupação era de 60% em leitos de UTI, com apenas seis vagas, e 68% na enfermaria.
A Secretaria de Saúde informou que vai remontar o hospital de campanha, que havia sido feito para dar suporte no atendimento a doença em julho de 2020. O reforço deve ser montado no estacionamento da Santa Casa. Apesar disso, não há prazo para o início do atendimento.
CRUZEIRIO
Em Cruzeiro, a Santa Casa também enfrenta uma lotação nos leito de UTI para tratamento de Covid-19. Segundo dados da unidade, a ocupação no domingo (10) era de 57% enfermaria e nos leitos de 100% UTI.
ALTA DE CASOS E INTERNAÇÕES
O Vale do Paraíba registrou na sexta-feira (8) um novo recorde de casos de Covid-19 em 24 horas desde o início da pandemia. Foram 2.025 novas confirmações. O último recorde havia sido batido na última quinta-feira (7), quando foram contabilizados 1.557.
O Vale também registrou a maior alta de internações por Covid-19 dos últimos cinco meses, segundo dados de um estudo da Usp e Unesp que mostra o balanço desde o início da pandemia.
A pesquisa aponta que a região tinha 336 pessoas internadas por Covid-19 em UTI ou enfermaria na quarta-feira (6). Com isso, a região se aproxima do pico de internações, registrado em agosto. O número desta semana é o mais alto registrado desde o dia 4 de agosto, quando a região teve o pico de pessoas internadas com Covid-19: 424.