Homem é condenado a mais de 23 anos de prisão por tentar matar ex com mais de 70 facadas
Julgamento teve início na manhã e terminou durante a noite da quinta-feira (8). Crime aconteceu em julho de 2019, em Taubaté (SP). Defesa vai recorrer para reduzir pena.
O detento Cleiton Duda dos Santos foi condenado a uma pena de 23 anos e quatro meses de prisão por tentar matar com mais de 70 facadas a ex-namorada, em Taubaté (SP). O crime aconteceu em julho de 2019. Ele foi preso no mesmo mês e aguardava julgamento em uma penitenciária de Tremembé (SP).
Para a ex-namorada dele, Aline Guimarães Figueira, a sensação após o júri foi de alívio, mesmo que parcial.
“A sensação é que a justiça foi feita. E foi feita com muita responsabilidade pelo júri, pelo promotor e pelo juiz. A gente sabe que dependendo do comportamento, cumpre-se muito menos pena do que a dada na sentença. Mas ainda tenho medo do que ele possa fazer de vingança algum dia”, disse Aline.
O julgamento teve início de manhã e terminou durante a noite da quinta no fórum criminal da cidade. A defesa do condenado informou que vai recorrer da pena.
“A defesa não pediu em momento algum a absolvição do réu, mas não concorda com o montante da pena arbitrada e vai recorrer”, disse Leandro José Teixeira, advogado de defesa de Cleiton Duda dos Santos.
Durante a manhã, houve um protesto feito por ativistas e amigos pedindo a condenação do detento. Esta foi a segunda vez que o julgamento foi marcado. Em setembro deste ano, o júri teve de ser adiado depois de casos de Covid-19 no presídio onde Cleiton está preso, em Tremembé.
CRIME
No dia 21 de julho de 2019, Cleiton invadiu a casa da vítima por não aceitar o término do namoro. Ele agrediu a ex com mais de 70 facadas, segundo a polícia.
Ela já tinha medida protetiva contra o ex-companheiro. Dias antes do crime, ela havia enviado um áudio a uma amiga contando que tinha medo do comportamento do ex e que antes de entrar em casa observava o entorno do imóvel para se certificar que ele não estaria lá.
A vendedora foi encontrada pelos policiais desacordada e foi socorrida em estado grave. Ela ficou internada no Hospital Regional, onde ficou três dias em coma e duas semanas internada.
Os ferimentos comprometeram parte dos movimentos do lado esquerdo do corpo. Aline faz atualmente tratamento para a recuperação motora e tem inúmeras cicatrizes pelo corpo, sinais das facadas.