Operação contra tráfico no litoral de SP termina com 36 presos, incluindo um vereador de Caraguá

Também houve a morte de um suspeito que trocou tiros com policiais. Na força-tarefa, também foram apreendidos dinheiro nacional e estrangeiro, celulares, armas e drogas

Uma operação contra o tráfico de drogas no litoral norte de São Paulo, na terça-feira (11), terminou com 36 pessoas presas, sendo uma delas o vereador Flavio Nishiyama (PTB), de Caraguatatuba, além da morte de um suspeito durante uma troca de tiros. Também foram apreendidos dinheiro nacional e estrangeiro, celulares, armas e drogas.
A operação, que recebeu o nome “Código de Ética”, teve início da manhã da terça-feira com o cumprimento de 48 mandados de prisão e 64 de busca e apreensão em endereços em Caraguatatuba, São Sebastião, Ubatuba, além de Taubaté e Campinas. A força-tarefa foi realizada por equipes da Polícia Federal Militar, Civil e Ministério Público.
No fim da manhã, 26 pessoas já tinha sido presas, sendo que 24 delas tinham mandado de prisão em aberto – sete delas ainda foram flagradas com drogas e armas. Duas pessoas, que não eram alvos da ação, foram presas flagradas com armas e drogas.

Durante o cumprimento dos mandados, um homem foi morto em troca de tiros com policiais na Costa Sul de São Sebastião. Segundo a PM, o rapaz efetuou disparos ao perceber a chegada da equipe. Os policiais revidaram e o homem morreu no local.
No fim da manhã, o balanço apontava que já tinha sido apreendidos quatro revólveres, uma pistola, um notebook, 15 celulares, mais de R$ 16,7 mil em espécie, 20 mil pesos colombiano, drogas e várias folhas de cheque e anotações.

OPERAÇÃO
A operação, que envolve a Polícia Federal, Militar e Civil e o Ministério Público, foi batizada como ‘Código de Ética por ter advogados entre os denunciados. O número de advogados com mandado de prisão não foi informado pelo MP até a última atualização da reportagem.
A ação teve origem após investigação do Ministério Público, que analisou as prisões relacionadas ao tráfico no litoral e chegou até os membros da organização. A denúncia do MP foi feita à Justiça no último dia 31 de julho, conforme apurou a reportagem.
Ao analisar as prisões, O MP percebeu que a droga que abastecia o tráfico no litoral geralmente vinha de Campinas. Quando ocorria a prisão de alguém relacionado à quadrilha, o grupo enviava um advogado para acompanhar o flagrante e pressionar o preso para que não denunciasse o esquema.
Entre os presos está o vereador de Caraguatatuba Flavio Nishiyama (PTB). Ele é advogado e foi preso em casa. O parlamentar não quis comentar a prisão. Segundo a denúncia, o vereador recebia dinheiro da quadrilha e alugava casas para armazenar drogas.

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