Câmara de Ilhabela aprova abertura de processo de cassação contra prefeita Gracinha

Comissão Processante irá apurar denúncias de irregularidades nos gastos públicos durante a pandemia do coronavírus

Os vereadores da Câmara de Ilhabela aprovaram a abertura de uma Comissão Processante para apurar supostas irregularidades da prefeitura com gastos durante a pandemia do coronavírus. O processo pede o afastamento e a cassação da prefeita Maria das Graças, a Gracinha (PSD).

Durante a sessão na noite de terça-feira (16), os vereadores aprovaram a denúncia protocolada por um munícipe. O texto usa informações de um relatório do Tribunal de Contas do Estado, que aponta possíveis irregularidades em projetos sociais da prefeitura durante a pandemia. Os vereadores rejeitaram, no entanto, o pedido para afastamento imediato da prefeita.
A Comissão Processante é formada por três vereadores: Gabriel Rocha (SD), Nanci Zanato (Cidadania) e Salete Magalhães (PSB). Este grupo irá iniciar a apuração das denúncias em cinco dias e apresentar os dados colhidos para votação dos demais vereadores.
As partes envolvidas serão chamadas para depor na Câmara. Após isso, com os depoimentos e provas apresentadas, haverá uma votação. Para a cassação do mandato de Gracinha, serão necessários dois terços dos votos, ou seja, seis dos vereadores precisam aprovar o afastamento.
A denúncia cita, entre as possíveis irregularidades: beneficiários em duplicidade em projetos sociais, além de beneficiados pelo Programa Ilhabela Unida pelo Trabalhador que não atendem os requisitos.

Gracinha assumiu o cargo em maio de 2019, após o prefeito eleito, Márcio Tenório, ser cassado em um processo de impeachment. Os vereadores consideraram que Tenório cometeu irregularidades na contratação de um evento que não ocorreu, mas teve o pagamento antecipado. Foram sete votos favoráveis à cassação do mandato e duas abstenções.

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