Estudante de São José cria aplicativo para auxiliar pacientes e hospitais contra novo coronavírus

Ideia do app TeleCoronaVírusBrasil é avaliar de forma gratuita os sintomas gripais e neurológicos da Covid-19 com objetivo de agilizar atendimento no socorro médico.

Aos 17 anos de idade, o estudante Antônio Murilo, de São José dos Campos, vem passando a quarentena com um sonho antigo sendo colocado em prática. Apaixonado por programação, Antônio criou e lançou no último mês o próprio app, o TeleCoronaVírusBrasil. Este aplicativo ele criou com a ajuda do pai, que é médico. O objetivo é ajudar pacientes e hospitais na lutra contra a Covid-19.

Pelo aplicativo, que é gratuito, você preenche um cadastro simples, responde a algumas perguntas e já recebe uma avaliação prévia dos seus sintomas gripais. Você pode imprimir esse documento e levar para o hospital mais próximo, que também é apresentado no app de acordo com a sua localidade”, explica o estudante.
O trabalho foi criado com base nas normativas do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde. As mudanças que são apresentadas pelos órgãos, com o decorrer da pandemia, logo são atualizadas por Antônio na plataforma.
“O nosso principal intuito é ajudar o maior número de pessoas que precisam de orientações e informações sobre essa pandemia”, destacou Antônio.
Com o lançamento no último mês, já são mais de 4 mil cadastros realizados no aplicativo. O estudante se entusiasma com os retornos que está recebendo de pacientes. Foram semanas de trabalho muito intenso com o acompanhamento do pai.
“Já li assim: ‘obrigado, estava achando que era Covid-19, mas depois da consulta percebi que é mais outro sintoma’. Ou ainda: ‘ah, obrigado, eu não sabia onde tinha um hospital mais próximo aqui da minha casa’. Então estou feliz e trabalhando para aprimorar esse app cada vez mais”, observou.

No site, é possível saber mais detalhes da plataforma. No último mês, somente com custos de servidor para hospedagem do aplicativo, o estudante investiu R$ 3 mil. A ideia é pedir apoio para prefeituras e empresas para o aprimoramento do aplicativo. No site já há uma “vaquinha” online para arrecadação.
“Eu treinei o algorítimo com mais de 20 cenários possíveis. Mas com mais cadastros de pessoas, melhor vai ficando a minha programação. Fica mais precisa. Então estou nessa luta”, declarou.
O pai do estudante é o médico Robson Prudêncio Silva Lima. O número do CRM de Robson está destacado na página do projeto. CRM é a inscrição do médico no Conselho Regional de Medicina. Robson fala com orgulho sobre o trabalho do filho.
“O interesse do Antônio por informática começou por volta dos 13, 14 anos de idade. E de forma auditada começou os estudos em programação. Aos 16 anos já estava trabalhando em projetos próprios e em startups. Estou orgulhoso pela iniciativa e pela dedicação dele por esse projeto social, trazendo informações e orientações para o maior número de pessoas, nesse momento crítico que esta pandemia assola o país”, contou o pai.

(G1)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *