Governo cria linha de crédito para folha de pequena e média empresas
Empresa que aceitar o crédito não poderá demitir o funcionário por dois meses; quantia recebida por cada trabalhador é de, no máximo, dois salários mínimos
O Governo Federal anunciou na manhã desta sexta-feira uma linha de crédito para pequenas e médias empresas. A medida promete financiar dois meses de salário de trabalhadores de pequenas e médias empresas. De acordo com o Banco Central, a empresa que aceitar o crédito não poderá demitir o funcionário por dois meses. A quantia recebida por cada trabalhador é de, no máximo, dois salários mínimos.
“Prevê a disponibilização de uma linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas, com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. O volume é de R$ 20 bilhões. Se destina exclusivamente a folhas de pagamento. Financia dois meses de folha. O programa é limitado a dois salários mínimos. Dos R$ 20 bilhões, R$ 17 bilhões é financiamento do Tesouro”, disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos.
Segundo ele, o dinheiro irá direto para o CPF do funcionário, sem passar pela empresa, mas limitado a um valor de até dois salários mínimos – quem ganha mais, vai receber apenas esse valor máximo previsto.
Segundo Campos, 1,4 milhão de empresas e 2,2 milhões de trabalhadores serão beneficiados. E a taxa de juros anual será de 3,75% ao ano – a mesma taxa da Selic.
E o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, também anunciou redução de taxa de juros em todas as linhas de crédito, inclusive o cheque especial, que vai a 2,9% ao mês, assim como o rotativo do cartão de crédito (que antes era 7%). Também haverá uma linha de crédito de R$ 5 bilhões para as Santas Casas, com juros que caíram de 20% para 10% ao ano. “Poderemos baixar ainda mais”, disse Guimarães, que também anunciou que 800 mil pessoas já pediram a suspensão do pagamento da prestação da casa própria por 2 meses.
“Esse período, se necessário, poderá chegar a 6 meses”, disse.
SAÚDE.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) também anunciou uma linha emergencial de crédito. Neste caso, serão destinados R$ 2 bilhões para empresas da área da saúde no país.
Fonte: O Vale