Indústrias do Vale do Paraíba adotam posturas diferentes diante da pandemia do coronavírus

Algumas empresas têm paralisado atividades, enquanto outras mantêm produção com adoção de medidas de prevenção.

Diante da pandemia do coronavírus, as indústrias do Vale do Paraíba têm adotado ações diferentes com relação aos funcionários. Enquanto algumas optaram por paralisar atividades, outras mantiveram as atividades adotando cuidados especiais.

A Embraer, por exemplo, deu licença remunerada para os trabalhadores a partir da segunda (23). As principais montadoras – Volkswagen, Ford e GM – também optaram pela paralisação. Outras, como LG, Gerdau, Novellis e Confab seguem com a produção ativa.

Confira abaixo como a pandemia do coronavírus está afetando as principais indústrias do Vale do Paraíba.

EMBRAER
A Embraer colocou os funcionários de todas as unidades da companhia no país em licença remunerada a partir desta segunda-feira (23). A medida foi adotada em prevenção ao coronavírus (Covid-19), “visando a saúde e bem estar dos funcionários”.
A Embraer tem cerca de 16 mil funcionários no país e a medida se aplica a todos os empregados “que não podem desempenhar suas atividades remotamente”. Parte dos colaboradores da fabricante de aeronaves está atuando em home office.
O afastamento inicialmente será até o dia 31 de março e apenas poucas atividades essenciais serão mantidas em operação durante o período.

VOLKSWAGEN
A Volkswagen suspendeu a produção no Brasil por três semanas. A paralisação teve início nesta segunda-feira em uma medida que afeta também a fábrica de Taubaté, onde emprega 3.200 funcionários.
Segundo a montadora, empregados da área administrativa continuarão em trabalho remoto e os empregados da linha de produção terão folgas administradas por banco de horas até 30 de março. Depois, estarão em férias coletivas por duas semanas. O retorno está previsto para 14 de abril.

General Motors
A paralisação nas fábricas da General Motors começam nesta terça-feira (24). Inicialmente, a GM divulgou que a paralisação teria início no dia 30, mas antecipou a data. O retorno está previsto para 12 de abril.
Os funcionários entrarão em férias coletivas. A GM emprega 3,7 mil funcionários em São José dos Campos.

FORD
A Ford suspendeu as atividades em todas suas fábricas na América do Sul. Em Taubaté, a empresa emprega cerca de 920 trabalhadores. A paralisação teve início na segunda-feira (23).
A empresa não informou qual formato adotou para a paralisação com relação aos seus funcionários. A previsão é que eles voltem ao trabalho no dia 14 de abril.

CHERY
A Caoa Chery chegou a anunciar a demissão de 70 funcionários, mas após negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos voltou atrás. A empresa vai adotar layoff a partir de 1º de abril.

Os funcionários que haviam sido demitidos ficarão afastados até 30 de junho. Para os demais, haverá layoff até 30 de abril, com garantia de estabilidade até 30 de agosto.

LG
A LG concedeu férias coletivas a seus funcionários no dia 2 de março, mas a paralisação na planta de Taubaté durou apenas 10 dias. A pausa foi motivada pela falta de peças para produção em reflexo da pandemia.
Os funcionários voltaram no dia 12 de março, e segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, não há definições sobre uma nova medida na fábrica.
Procurada pela reportagem, a LG informou que a partir da segunda (23), os jovens aprendizes que trabalham na fábrica entrarão em férias e os estagiários, em recesso, por 30 dias. Já os funcionários que se enquadram no grupo de risco e as gestantes terão banco de horas até o fim de março – que poderá ser cumprido durante um ano e, a partir de 31/03, férias de 10 dias.
A empresa informou ainda que providenciou roupas especiais para o ambulatório médico e máscara, caso haja necessidade.
A LG também adotou práticas, como esterilização dos ônibus fretados antes dos trajetos e também do refeitório da empresa antes do consumo, para tentar conter a proliferação do vírus.
Em Taubaté, a fábrica da LG conta com cerca de mil funcionários.

GERDAU
Embora o setor administrativo da Gerdau esteja em sistema de home office, o setor de produção está trabalhando normalmente. Os funcionários do grupo de risco (idosos, diabéticos, hipertensos e quem tem insuficiência cardíaca, renal ou doença respiratória crônica) foram liberados.
A Gerdau emprega cerca de 2.800 funcionários em Pindamonhangaba. O Sindicato dos Metalúrgicos fez uma solicitação para que a empresa paralisasse as atividades. A empresa não se pronunciou até a publicação da reportagem.

TENARIS CONFAB
A Tenaris Confab, produtora de tubos com planta em Pindamonhangaba, mantém as atividades. A empresa emprega 1.100 trabalhadores, segundo dados do Sindicato dos Metalúrgicos.
Segunda a assessoria de imprensa da Tenaris, a empresa adotou uma série de medidas para evitar a proliferação do Covid-19. Entre elas, estão a criação de um comitê interno de gerenciamento de crises, implantação do home office para algumas funções, reforço da limpeza na planta e espaçamento das cadeiras.

NOVELIS
O setor de produção da Novelis, em Pindamonhangaba, está trabalhando normalmente, enquanto o setor administrativo trabalha em sistema de home office.
Os funcionários do grupo de risco (idosos, diabéticos, hipertensos e quem tem insuficiência cardíaca, renal ou doença respiratória crônica) foram liberados.
A Novelis emprega cerca de 1.300 funcionários em Pindamonhangaba. O Sindicato dos Metalúrgicos fez uma solicitação para que a empresa paralisasse as atividades.
A empresa afirmou em nota que criou um comitê, que se reúne diariamente. Também foram implementadas mudanças como home office para algumas áreas administrativas; redução de pessoas no transporte interno e no refeitório; limpeza, desinfecção e distribuição de kits sanitários com álcool em gel e outros produtos; medição de temperatura na portaria; cancelamento de visitas à fábrica e viagens a trabalho; e afastamento de profissionais de maior risco.

(Fonte: G1)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *