Marcondes repassa cerca de R$ 913 mil à Santa Casa e garante 13º salários

Hospital tem déficit por falta de repasse federal; no ano, ressarcimento pela Prefeitura chega a R$ 1,536 milhão

A Prefeitura de Lorena fez um novo repasse à Santa Casa de Misericórdia para auxiliar a administração do hospital. O valor aproximado a R$ 1 milhão deve ser investido no pagamento de direitos e benefícios de funcionários. A unidade, que atende pacientes de toda a região, aguarda a atualização da tabela SUS (Sistema Único de Saúde) desde 2006.

Com o excesso de atendimento a pacientes de outros municípios e a ausência de repasses e da atualização do SUS, o prefeito Fabio Marcondes (sem partido) encaminhou R$ 912.991,21 na última semana, após um trabalho de acompanhamento implantado em 2017 através da UAC (Unidade de Avaliação e Controle – Serviço de Auditoria) e do Comus (Conselho Municipal de Saúde).

De acordo com a Prefeitura, o aporte será utilizado para efetuar o pagamento do décimo terceiro salário dos funcionários do hospital, que atualmente presta 80% dos serviços via SUS e tem uma demanda crescente de moradores de cidades vizinhas.

O secretário de Negócios Jurídicos, Adriano Aurélio dos Santos, explicou que muitas vezes o paciente é de outra cidade, mas ao entrar no Pronto Socorro (administrado pela Santa Casa) registra um endereço de Lorena.

Desta forma o atendimento não é computado como “externo” e, consequentemente, prejudica a avaliação de dados sobre demanda de cidades vizinhas atendida em Lorena. “Não tem como e nem podemos, claro, pôr o paciente para fora, mas essa conta é paga toda pela Prefeitura”.
Santos destacou que neste ano o Executivo repassou cerca de R$ 2 milhões para a Santa Casa, na tentativa de ressarcir as internações e exames hospitalares. Apenas o Pronto Socorro atende cerca de 450 pacientes por dia.

Em nota, o Município alegou possuir um teto financeiro do SUS para a média e alta complexidade e a contratação da Santa Casa para prestar os serviços à população, mas que o valor disponibilizado pelo Ministério da Saúde não atende o índice total do SUS, o que gera um déficit e desequilíbrio financeiro no hospital.

Segundo o superintendente da Santa Casa, Dario Costa, o repasse municipal realizado na última semana foi de “extrema importância” para cumprir com as obrigações trabalhistas. “Esses valores são referentes aos atendimentos realizados durante o ano aos pacientes que dão entrada na Santa Casa para serem atendidos e que não estão sendo repassados pelo Governo Federal, que está com uma tabela desatualizada e não consegue remunerar a Santa Casa com os valores devidos”.

(Fonte: Jornal Atos)

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