Petrobras aprova mecanismo que permite alterar frequência de reajustes no diesel

Estatal vai poder deixar de fazer reajustes diários se houver volatilidade no mercado; subvenção ao combustível termina em 31 de dezembro.

A diretoria da Petrobras aprovou um mecanismo de proteção complementar “visando dar flexibilidade adicional à gestão da política de preços do diesel”, semelhante ao que já ocorre com a gasolina, informou a petroleira em comunicado na sexta-feira (28).

“A Petrobras entende ser importante implementar mecanismos que lhe permitam, em momentos de elevada volatilidade no mercado, ter a opção de alterar a frequência dos reajustes diários do preço do diesel no mercado interno, podendo até mantê-lo estável por curtos períodos de tempo, de até sete dias, conciliando seus interesses empresariais com as demandas de seus clientes e agentes de mercado em geral”, afirmou a estatal.

A companhia destacou que terá a opção de aplicar o mecanismo após o encerramento do programa de subvenção econômica à comercialização de óleo diesel da União, previsto para o próximo dia 31 de dezembro.

O programa de subvenção ao diesel foi criado pelo governo após a greve dos caminhoneiros, no fim de maio. Uma das principais reivindicações da categoria era redução no preço do diesel.

“Os princípios de preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação e nível de participação no mercado continuam em vigor, assim como a correlação com as variações do preço do diesel no mercado internacional e a taxa de câmbio”, disse a estatal.
O repasse dos reajustes da Petrobras nas refinarias aos consumidores depende dos distribuidores – ou seja, fica a cargo dos postos repassar ou não a baixa do preço da gasolina ao consumidor final.
Atualmente, o preço do litro do disel está em R$ 1,8088.

A Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes podem acontecer com maior periodicidade, inclusive diariamente.

(O Vale)

 

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