Tarcísio rebate prefeitos do Vale: ‘´É do partido que prorrogou concessão com pedágios altos’

Ministro da Infraestrutura foi criticado por presidentes da RMVale e da Associação Paulista de Municípios, ambos do PSDB

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, reagiu às críticas ao modelo de concessão da Rodovia Presidente Dutra e trecho da Rio-Santos feitas pelos presidentes da RMVale e da Associação Paulista de Municípios, respectivamente Lê Braga e Fred Guidoni, ambos do PSDB.
Em ofício encaminhado a Tarcísio e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), as duas entidades apontam que a nova concessão da Dutra priorizaria obras e redução de pedágios em trechos do Rio de Janeiro, em detrimento da área paulista.
Pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio defendeu a concessão e criticou o governo João Doria e o PSDB sem citar diretamente a ambos.
“A turma que fez a crítica é do partido que fez a prorrogação do contrato [de rodovias] e manteve os pedágios altos e sem investimento”, afirmou Tarcísio em resposta a questionamento.
“Se tivéssemos feito o mesmo, um usuário pagaria R$ 70 para ir do Rio a São Paulo, e vai pagar R$ 47 com a tag [pagamento automático]. Vai pagar menos para andar na Dutra.”

Tarcísio deve ser um dos principais adversários de Rodrigo Garcia (PSDB), vice-governador de São Paulo e pré-candidato a suceder Doria no Palácio dos Bandeirantes.
Sobre a falta de duplicação do trecho entre Angra dos Reis e Ubatuba, na Rio-Santos, Tarcísio disse que essa foi uma decisão “da sociedade”.
“Tínhamos previsão de duplicar até Ubatuba, mas foi uma ponderação da sociedade para a retirada do trecho de Angra até Ubatuba, porque ficaria mais cara a tarifa.”
“Tem que tomar cuidado para discutir tamanho de desconto. Quando se faz a modelagem, se considera o sistema. A Dutra é paralela à rodovia Ayrton Senna. Se baixo demais [o pedágio] na Dutra, o tráfego vem todo para a Dutra e prejudica o nível de serviço. O equilíbrio entre os sistema é ponderado”, afirmou o ministro da Infraestrutura.
Tarcísio disse que o estado de São Paulo terá R$ 7,5 bilhões em investimentos na nova concessão, metade do pacote completo, e ainda com redução de tarifa de pedágio.
“No final das contas, é um modelo de excelência e extremamente debatido com a sociedade. Quem escreve o que foi escrito não participou do debate quando deveria ou não conhece a modelagem e nem o que fizemos.”

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *