Vítima de acidente tem corpo trocado em velório em Jacareí
Dois jovens tiveram os corpos trocados no velório em Jacareí na segunda-feira (17). As vítimas eram amigas e morreram em um acidente de trânsito. A família de Rubens Costa Araújo, 21 anos, percebeu a troca quando chegaram para o velório e perceberam que não era ele no caixão. Os corpos foram destrocados cinco horas depois e o caso registrado na Polícia Civil.
Os dois jovens eram amigos e morreram em um acidente no fim da tarde de domingo (16) quando bateram com a moto contra um ônibus no bairro Campo Grande. Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) e reconhecido pelas famílias, que acionaram a funerária para o velório.
A cerimônia de Rubens aconteceria primeiro, às 11h da segunda-feira, mas quando a família chegou ao local percebeu que o morto usava as roupas que eles levaram, mas se tratava da outra vítima e perceberam que os corpos tinham sido trocados.
“A gente chegou e já estava tudo pronto, a família já estava aqui e quando chegamos perto do caixão vimos que os corpos estavam trocados. Até a roupa que preparamos com carinho para a despedida do meu primo, eles colocaram na outra pessoa. Tivemos que avisar a família que a cerimônia estava cancelada, um desgaste em um momento como esse”, conta a prima Cláudia Ribeiro.
A troca de corpos levou cerca de cinco horas, segundo aa família. Isso porque, segundo a funerária, eles não poderiam fazer a destroca, pois, os corpos teriam vindo do IML com a identificação trocada. A família então teve que procurar a Polícia Civil, fazer um boletim de ocorrência, uma nova identificação das vítimas, para que fossem destrocados.
O velório de Rubens foi remarcado para às 15h, em sequência o da segunda vítima. A polícia informou que acionou a funerária e os técnicos do instituto para serem ouvidos.
O QUE DIZEM OS ENVOLVIDOS
Em nota a reportagem, a funerária Campo das Oliveiras negou que tenha tido responsabilidade na troca e disse que o corpo veio com a identificação trocada do IML. A funerária informou que prestou suporte às famílias e que o valor cobrado pelo velório não foi cobrado.
A reportagem acionou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) sobre o IML, mas aguardava o retorno até a publicação.