CASO MARCO AURÉLIO: ESCAVAÇÃO TERMINA SEM ENCONTRAR EVIDÊNCIAS SOBRE SUMIÇO DE ESCOTEIRO
Operação foi feita nesta quarta-feira (16) em uma área de mata que fica na base do Pico dos Marins. Escoteiro está desaparecido há 37 anos.
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A escavação feita pela Polícia Civil nesta quarta-feira (16) em uma área de mata em Piquete (SP) terminou sem o encontro de novas evidências sobre o caso Marco Aurélio. O escoteiro está desaparecido há 37 anos, ao sumir durante uma trilha no Pico dos Marins, em Piquete, a 200 quilômetros da capital paulista.
A operação contou com a participação de ao menos 20 pessoas, entre policiais e peritos, além de ter apoio de cães farejadores. Dois pontos foram explorados na área de mata pelas equipes. No primeiro ponto, os policias trabalharam por mais de 2h, mas mesmo com a ajuda de um cão farejador, nada foi encontrado.
Poucos metros à frente, foi aberto um segundo ponto de escavação. Um cão, treinado para buscas, apontou a presença de odor de matéria orgânica na área, por isso as equipes ampliaram a escavação, mas não encontram novos vestígios.
No local, um material foi recolhido para análise. A polícia acredita se tratar de cabelos ou pelos, mas não é possível dizer se tem relação com Marco Aurélio.
A área escavada é classificada como de preservação ambiental e, por isso, foi necessário uma série de autorizações, para que a polícia desse andamento nas investigações.
A polícia civil informou que o trabalho de campo foi encerrado, mas que o inquérito continua aberto e que testemunhas da época do desaparecimento serão novamente ouvidas nos próximos dias.
A primeira linha de investigação é que Marco Aurélio tenha sido morto e enterrado ainda nas proximidades do Pico dos Marins. A segunda hipótese é que ele tenha se perdido e esteja vivo, tendo se tornado um andarilho.
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Escavações
Essa não é a primeira vez que a polícia faz escavações para tentar encontrar Marco Aurélio.
Em julho de 2021, quando o pai de Marco Aurélio procurou a polícia e fez com que o caso fosse reaberto, os novos indícios encontrados por ele apontavam que o filho teria sido morto e enterrado em um local onde hoje fica uma pequena casa, na área em que os escoteiros haviam acampado à época, na zona rural de Piquete.
Apesar disso, a procura terminou sem nada que apontasse que o escoteiro havia sido morto e enterrado no local.
Segunda linha de investigação
Outra hipótese que a Polícia Civil tem na investigação do caso é de que Marco Aurélio tenha se perdido no local, mas que sobreviveu e tenha se tornado um andarilho. Esta linha é o que acredita a delegada Sandra Vergal, responsável pela investigação do caso à época.
A família de Marco Aurélio chegou a encomendar uma foto de como o menino estaria hoje caso tivesse se tornado um andarilho.
A suspeita de que Marco Aurélio tenha se tornado um andarilho foi endossada por depoimentos de testemunhas do caso.
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À época do desaparecimento, havia depoimento de um motorista de ônibus que disse ter visto Marco Aurélio e ter dado a ele carona para ele. Outras pessoas afirmaram terem visto um morador de rua com os mesmos traços do escoteiro.
A polícia tem ouvido pessoas que estavam com o menino à época, pessoas que disseram ter visto Marco Aurélio e mapeado penitenciárias e espaços de acolhida de pessoas em situação de rua em busca de informações.
Até o momento não houve nenhum avanço com essa linha de investigação.
Histórico
Marco Aurélio Simon desapareceu na manhã do dia 8 de junho de 1985. Ele e outros três amigos, todos com 15 anos à época, faziam uma trilha como escoteiros ao cume do Pico dos Marins, o mais alto do estado de São Paulo, que fica na cidade de Piquete.
À época, polícia, bombeiros e equipes de inteligência fizeram buscas por 28 dias na área. Um inquérito foi aberto na Polícia Civil para investigar seu desaparecimento, mas terminou arquivado e sem resposta. Mais de 30 anos depois, com um novo depoimento, a polícia decidiu pela reabertura e investigação do caso.
A primeira linha já foi executada em parte, com uma escavação, que terminou sem o encontro de novos indícios. Ainda há uma área a ser escavada, mas é classificada como de preservação ambiental e, por isso, foi necessária uma série de autorizações.https://c006c7e193286ee029fade9f105696e1.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html
A segunda aponta suspeita de que estaria em Taubaté, depois de terem visto um morador de rua com os mesmos traços dele. À época do desaparecimento, havia depoimento de um motorista de ônibus que disse ter visto Marco Aurélio e ter dado a ele carona para ele.
A polícia tem ouvido pessoas que estavam com o menino à época, pessoas que disseram ter visto Marco Aurélio e mapeado penitenciárias e espaços de acolhida de pessoas em situação de rua em busca de informações.
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Fonte: G1