Mulher de São José com doença rara aguarda transplante cardiopulmonar

A família criou uma vaquinha online para ajudar a custear o tratamento

Cristiane CapriniHempfling, 32 anos, de São José dos Campos, tem uma doença rara e está na fila para transplante cardiopulmonar. O drama pode estar no fim, ela já recebeu autorização para a cirurgia e está avançada na fila de transplante. Para auxiliar com os gastos do tratamento, a família criou uma vaquinha online.
História
Mãe de dois filhos, de 9 e 11 anos, Cristiane foi diagnosticada com HPI (Hipertensão Pulmonar Idiopática) logo após sua segunda gestação. Durante esses anos, ela já teve 35 paradas cardíacas, dois infartos, além de crises e desmaios.
“Eu estava grávida e tive parto cesárea. Depois que meu filho nasceu, tive uma hemorragia. Provavelmente essa hemorragia gerou um trombo que foi para o pulmão e tive uma tromboembolia pulmonar”, conta Cristiane.

Depois de aparentemente ser estabilizada, Cris teve alta e foi pra casa, mas precisou retornar alguns dias depois, pois estava com muita dor e falta de ar. Ela tomou duas bolsas de sangue e 10 de plaquetas, mas não melhorou. Depois de uma série de exames, os médicos identificaram o trombo e ela foi levada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Entre idas e vindas do hospital e outros exames, veio o diagnóstico de HPI.
Segundo um estudo do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt de Joinville (SC), a HPI “[…] é uma desordem rara de etiologia desconhecida. Ocorre mais frequentemente em crianças, cursando com episódios repetidos de hemorragia alveolar difusa. Tanto a mortalidade quanto a morbidade são elevadas. Há poucos casos descritos na literatura, principalmente durante a gestação” (de SOUZA, SCHWINGEL e D`AQUINO. Hemosiderose pulmonar idiopática: exacerbação associada à gestação. 2008).

Depois de aparentemente ser estabilizada, Cris teve alta e foi pra casa, mas precisou retornar alguns dias depois, pois estava com muita dor e falta de ar. Ela tomou duas bolsas de sangue e 10 de plaquetas, mas não melhorou. Depois de uma série de exames, os médicos identificaram o trombo e ela foi levada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Entre idas e vindas do hospital e outros exames, veio o diagnóstico de HPI.
Segundo um estudo do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt de Joinville (SC), a HPI “[…] é uma desordem rara de etiologia desconhecida. Ocorre mais frequentemente em crianças, cursando com episódios repetidos de hemorragia alveolar difusa. Tanto a mortalidade quanto a morbidade são elevadas. Há poucos casos descritos na literatura, principalmente durante a gestação” (de SOUZA, SCHWINGEL e D`AQUINO. Hemosiderose pulmonar idiopática: exacerbação associada à gestação. 2008).

Durante o tratamento, os médicos cogitaram algumas alternativas, entre elas o transplante somente do pulmão, mas chegaram a conclusão que há a necessidade do transplante cardiopulmonar (coração e pulmão). Para que o transplante seja realizado é preciso que haja compatibilidade entre os doadores e o receptor. A Secretaria de Saúde do Estado esclareceu que atualmente há 168 pessoas aguardando transplante de coração e 113 na fila do transplante de pulmão.
Com o passar dos anos, Cristiane se aposentou por invalidez porque não pode fazer nenhum esforço. Há um ano e meio ela usa oxigênio diariamente. A mãe e outros familiares ajudam a cuidar dos filhos e da casa.
Cristine é designer de sobrancelhas e fazia atendimentos em casa até meados de 2021 para complementar renda. Ela conta que, mesmo sendo uma atividade de baixo impacto, eventualmente sentia dores no corpo e enjoo por conta da doença. Cris relata que ainda tem muitas dores nas pernas por conta da perda de musculatura, mas pretende retornar ao trabalho e outras atividades após o transplante.
Vaquinha
Além da difícil convivência com a doença, Cristiane e a família têm o desafio financeiro. Fora os gastos comuns com a casa, com os filhos, consigo mesma, há gastos com medicamentos e outras necessidades que a HPI impõe. Atualmente o maior problema tem sido as constantes viagens que ela precisa fazer à São Paulo para dar andamento ao tratamento.

Confiantes de que o transplante está próximo, a família de Cristine criou uma Vakinha para custear a reta final do tratamento antes da cirurgia. Clique aqui para acessar o site da arrecadação.
“Nossa família está se ajudando para dar conta, porém a previsão é que a Cris faça o transplante nesses próximos meses, o que faz com que as despesas, os cuidados e as idas à São Paulo se tornem mais frequentes, e por isso precisamos ter uma reserva para ajuda-la nesse tratamento. Por isso, peço encarecidamente que nos ajude com esse sonho que é ver a Cris curada e vivendo bem”, diz a mensagem na Vakinha.
Enquanto aguarda um coração e novos pulmões, Cristine luta para manter a esperança e a autoestima. “Seja forte e corajosa”, é a frase que ela usa frequentemente nas redes sociais.
“Independente de como está minha vida agora, ela não vai ser assim pra sempre. É uma fase, tudo vai ser uma fase”, diz Cristiane.

(G1)

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