Bolsonaro participa da formatura de 281 militares na Escola de Especialistas de Aeronática de Guaratinguetá
Bolsonaro acompanhou a cerimônia de formatura da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). Sem máscara, na entrada da escola ele cumprimentou apoiadores.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumpriu agenda nesta segunda-feira (21) na Aeronáutica em Guaratinguetá (SP). Ele chegou à cidade por volta das 10h12 e, sem máscara, cumprimentou apoiadores.
Bolsonaro esteve em Guaratinguetá para acompanhar a cerimônia de formatura da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). Na chegada, ele desceu do veículo oficial sem máscara para cumprimentar e abraçar apoiadores que se aglomeravam na frente da escola
O evento foi fechado. Apesar disso, a Aeronáutica preparou um cercado na fachada da escola. No local, desde o início da manhã, apoiadores se aglomeravam à espera do presidente. Um grupo de motociclistas se reuniu com cartazes com mensagens de apoio. Nenhum deles usava máscara. Durante sua passagem pela entrada da escola, Bolsonaro parou para cumprimentar o grupo.
Bolsonaro participou da solenidade na Escola da Aeronáutica 10h30 e permaneceu na cidade até às 14h quando retornou à Brasília. Nesta segunda-feira se formaram 281 militares, entre eles 99 mulheres e 182 homens.
Essa é pelo menos a quarta vez em que Bolsonaro acompanha solenidades no Vale do Paraíba desde que foi eleito, em 2018. Na última formatura, em 2020, ele esteve no evento sem máscara, contrariando o decreto estadual. Sem usar a proteção, o presidente ainda cumprimentou e tirou foto com os militares.
500 MIL MORTOS PELA COVID-19
Durante a coletiva para a imprensa, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou nesta segunda-feira (21) pela primeira vez sobre as mais de 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil, marca registrada no sábado (19). Apesar do discurso, Bolsonaro defendeu o tratamento precoce, feito com medicamentos sem eficácia contra a Covid, como forma de reduzir o número de vítimas da doença.
“Lamento todos os óbitos, muito. Qualquer óbito é uma dor na família. Desde o começo, o governo federal teve a coragem de falar em tratamento precoce. E alguns até dizem como está sendo conduzida essa questão, parece que é melhor se consultar com jornalistas do que com médicos”, disse.
O que Bolsonaro chama de tratamento precoce é uso de medicamentos contraindicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate à pandemia. Especialistas internacionais ligados à organização consideram que estes remédios não trazem benefícios na cura e ainda podem levar a sérios danos à saúde do paciente.

