SEIS CIDADES DO VALE TÊM TAXA DE HOMICÍDIOS MAIOR DO QUE A DO RIO DE JANEIRO

Cruzeiro se tornou um problema para a segurança pública nos últimos anos e atualmente tem a mais alta taxa de homicídio do Vale

Dados consideram o número de vítimas em homicídios dolosos nos últimos 12 meses

O Rio é aqui.

Seis cidades do Vale do Paraíba têm taxa de vítimas de homicídio por 100 mil habitantes maior do que a do estado e a da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, localidades relacionadas entre as áreas mais violentas do país.

Além das cidades da região, também está na lista à frente do Rio de Janeiro o município de Rio Claro, da região de Piracicaba.

O levantamento foi feito por OVALE com dados da SSP (Secretaria de Estado de Segurança Pública), para os municípios paulistas, e do ISP (Instituto de Segurança Pública), ligada à Secretaria de Estado da Casa Civil do governo do Rio.

Os dados consideram o número de vítimas em homicídios dolosos nos últimos 12 meses, de novembro de 2021 a outubro de 2022.

Entre as cidades mais pacatas da RMVale até 2016, Cruzeiro se tornou um problema para a segurança pública nos últimos anos e atualmente tem a mais alta taxa de homicídio do Vale, com 45,84 vítimas por 100 mil habitantes, o que a coloca na liderança do ranking e com 165% à frente das taxas do Rio.

Lorena aparece na segunda posição, com taxa de 33,51, seguida de Caçapava (27,15), Caraguatatuba (26,75), Ubatuba (25,86), Rio Claro (19,04) e Pindamonhangaba (18,02).

Somente após aparecem o estado do Rio de Janeiro e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que registram 17,28 e 17,23 vítimas de homicídios por 100 mil habitantes, respectivamente.

Na sequência está a cidade de Guaratinguetá, com taxa de 15,69, para depois aparecerem  cidades paulistas e outras da RMVale:

Ibiúna (14,99), Itapecerica da Serra (14,39), Embu das Artes (13,66), São Carlos (13,23),  São Sebastião (13,10), Barretos (12,36), Hortolândia (12,32), Birigui (12,26), Taubaté (12,19), Itanhaém (11,94), Araçatuba (11,74) e Cotia (11,44).

Todas essas cidades de São Paulo – incluindo os nove municípios da região – e o estado e a região metropolitana do Rio têm taxa de vítimas de homicídio acima de 10, patamar classificado como “zona epidêmica para a violência” pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Já  São José dos Campos (6,58) e Jacareí (6,04) estão abaixo dessa marca e têm as mais baixas taxas de homicídio da região e do estado de São Paulo.

Levando em consideração apenas a taxa de vítimas de homicídio por 100 mil habitantes, com dados da SSP, seis cidades da RMVale pioraram o indicador em 2022 na comparação com 2021, o que revela o tamanho do desafio do novo governo estadual para reduzir a violência na região.

Estão nessa situação Caraguatatuba (10,34%), Lorena (87,51%), Ubatuba (71,45%), Guaratinguetá (11,74%), Caçapava (99,97%) e São Sebastião (33,38%). E reduziram: Cruzeiro (-9,53%), Pindamonhangaba (-3,23%), Taubaté (-20,80%), Jacareí (-39,11%) e São José dos Campos (-0,05%).

OUTRO LADO

O combate à criminalidade e a redução dos indicadores criminais foram metas da gestão, que intensificou as ações de policiamento preventivo e ostensivo.

Esse trabalho, que teve início em janeiro de 2019, foi permanente e permitiu que a região do Vale do Paraíba tivesse redução nos casos e vítimas de homicídio doloso e latrocínio, em todas as modalidades de crimes contra o patrimônio e aumento na quantidade de prisões e de armas ilegais retiradas das ruas.

A fim de reforçar a segurança na região, ainda em 2019, a gestão inaugurou a 3ª Companhia de Ações Especiais de Polícia (Caep), subordinada ao 3° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), e anunciou a criação de uma nova unidade do Deic em Taubaté e depois São José.

“As forças de segurança da região também foram contempladas com novas viaturas e equipamentos, incluindo drones”, informou a SSP.

Fonta: O Vale

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