Pesquisa aponta o aumento da insegurança alimentar grave em famílias brasileiras

Três em cada dez famílias brasileiras sofrem de insegurança alimentar grave, que é quando a pessoa sente fome e não come por falta de dinheiro. O levantamento foi divulgado essa semana pela Rede Pensan, e mostra que somente no estado de São Paulo, são mais de 6 milhões de pessoas nessa situação.
O número de domicílios com moradores em situação de fome saltou de 9% no ano passado, para 15,5% dos entrevistados, mais de 33,1 milhões de pessoas no Brasil. Nem um estado rico como São Paulo escapa, são mais de 6 milhões de pessoas vivendo com a insegurança alimentar grave, como explica o pesquisador Nilson de Paula, responsável pelo estudo.
“A fome é o ponto de chegada de um processo que começa com uma percepção de que pode não ter alimentos amanhã, de que a renda por não ser o suficiente, de que é preciso substituir o alimento saudável por qualquer porcaria, que a saciedade aumenta. Isso amplia e as famílias desenvolve estratégias para driblar a fome.”
A pesquisa relata que a fome dobrou nas famílias com crianças menores de 10 anos, passando de 9,4%, em 2020, para 18,1% em 2022.
A nutricionista clínica Adriana David, que mora em Taubaté, relata que uma alimentação de baixa qualidade, principalmente entre as crianças, é prejudicial para o desenvolvimento saudável.
“Uma alimentação balanceada é fundamental para o bom funcionamento do organismo dela, mesmo porque, vai evitar sinais de queda na saúde, surgindo uma série de problemas, podendo até gerar obesidade, doença cardiovascular, um colesterol alto, fazer com que essa criança tenha dificuldade no aprendizado também.”
Programas sociais da nossa região tentam minimizar esse problema, como é o caso do projeto mesa Taubaté, que distribui sopas para cerca de 1.200 famílias da cidade.

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