Chefe de Unidade de Conservação Federal do ICMBio é preso por tráfico de influência e corrupção em Passa Quatro, MG

Um servidor público federal foi preso durante uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na manhã desta terça-feira (2) em Passa Quatro (MG). O homem é suspeito de tráfico de influência e corrupção passiva. Ele era chefe de Unidade de Conservação Federal do ICMBio, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, neste mesmo município.

Segundo a PF, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em endereços vinculados ao investigado. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Pouso Alegre (MG). Três veículos foram apreendidos.

Além dos mandados cumpridos, a Justiça Federal decretou o afastamento dos sigilos bancário e fiscal do investigado e de uma pessoa ligada a ele, cuja conta foi utilizada para o recolhimento da propina.

O servidor público poderá responder pelos crimes de corrupção passiva e tráfico de influência. Ele pode ficar preso de 4 a 17 anos. De acordo com a PF, as informações repassadas por empresários responsáveis por empreendimentos em Passa Quatro. Segundo as investigações, desde o início de 2022, o servidor público, na condição de Chefe de Unidade de Conservação Federal, teria informado aos empresários que havia representações de irregularidades ambientais na construção de loteamentos.

Diante disto, o servidor solicitava e recebia vantagens com a promessa de resolver as irregularidades e não dar andamento a novas “denúncias”. As investigações apontam que o servidor afirmava ainda que precisava realizar vistorias no empreendimento para reportar ao órgão competente e, de acordo com a PF, citava um inquérito que estaria tramitando na unidade do MPF de Pouso Alegre.

Ainda de acordo com a PF, o investigado teria solicitado para os empresários o pagamento de um valor para influir na decisão do procurador da República, que supostamente conduzia a investigação. Entretanto, a PF informou que não havia investigação sobre estes fatos no Ministério Público Federal.

Em nota, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que as investigações estão sob sigilo da Polícia Federal. Conforme o instituto, será instaurado procedimento administrativo interno para investigação dos fatos. As atividades na Unidade de Conservação estão mantidas.

Foto: Ministério Público Federal e Polícia Federal

Fonte: G1/Sul de Minas

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