Forças ucranianas recuperam controle de cidade próxima a Kiev; capital tem toque de recolher

Confira corbetura completa feita pela CNN, com foto registro com mais de 130 fotos e a análise esmiuçada do conflito que pode mudar o planeta

As forças ucranianas recuperaram nesta terça-feira (22) o controle da cidade de Makariv, a 48 quilômetros da capital, Kiev, após dias de combates, informaram através das redes sociais as Forças Armadas da Ucrânia. Makariv havia sofrido danos significativos de ataques aéreos russos nos últimos dias. Enquanto isso, Kiev entra hoje em mais um dia de toque de recolher, já que autoridades esperam por novos ataques dos russos. Acompanhe ao vivo acima a programação da CNN.

A “bandeira do estado da Ucrânia foi hasteada sobre a cidade de Makariv” quando os russos recuaram, informou as Forças Armadas da Ucrânia através das redes sociais. A CNN não pôde confirmar de maneira independente a alegação.

A guerra entre russos e ucranianos está perto de completar um mês. Os russos dominaram cidades de regiões separatistas e cercaram a capital. Negociações entre as delegações têm conseguido pouco avanço.

Sobre o toque de recolher, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse que a medida terá duração até as 7 horas de quarta-feira (23). O horário de Kiev está cinco horas à frente do de Brasília.

“Lojas, farmácias, postos de gasolina, instituições não vão funcionar amanhã [terça-feira]”, disse. “Por isso, peço a todos que fiquem em casa ou em abrigos ao som de um alarme. Somente aqueles com permissão especial poderão circular pela cidade”, acrescentou.

Até segunda-feira (21), 925 civis foram mortos na Ucrânia desde o início da invasão russa, de acordo com uma atualização do Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Eventual acordo com Rússia será submetido a referendo

Após pedir conversas com Vladimir Putin, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que “qualquer compromisso que for acordado com a Rússia vai demandar um referendo [uma consulta popular]”.

A afirmação foi dada pelo líder ucraniano reiterou nesta segunda-feira (21) em uma empresa de radiodifusão da Ucrânia. “O povo terá que se manifestar e responder a qualquer forma de acordo. E como eles [acordos] serão formulados será assunto de nossas conversas e entendimento entre a Ucrânia e a Rússia“, explicou.

As questões que podem ser levantadas em qualquer referendo poderiam dizer respeito aos territórios ocupados pelas forças russas, incluindo a Crimeia, e as garantias de segurança oferecidas à Ucrânia por outros países em vez da adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse.https://www.youtube.com/embed/-XJklhQtcGQ?embed_config=%7B%22adsConfig%22%3A%7B%22adTagParameters%22%3A%7B%22iu%22%3A%22%2F21920083859%2Fweb%2Finternacional%22%7D%7D%2C%22relatedChannels%22%3A%5B%22UC6WLCEXdr_IU4DB5V7sPkzw%22%2C%22UC7f35v8GI1O_f6x2PfeOutQ%22%2C%22UCbrVBUVa2bwYRofc-lVeAnA%22%5D%7D&enablejsapi=1

Otan “nunca esteve tão forte e unida”, diz Biden

Após participar de uma reunião com empresários para tratar sobre petróleo e preços dos combustíveis, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento em que comentou sobre a atual situação da guerra na Ucrânia.

Na avaliação do presidente norte-americano, a invasão russa não tomou proporções maiores do que as atuais devido à união dos países ocidentais em torno da Otan. Biden pontuou que conhece Vladimir Putin “muito bem”, e disse que o presidente russo não contava com a unidade da aliança militar.

“Ele [Putin] estava contando que a Otan ficaria separada, ele nunca contou com essa união, e posso garantir que a Otan nunca esteve tão forte e tão unida em toda a sua história, e em grande parte por conta de Putin”, afirmou.

Kiev registra explosões e baterias antiaéreas são acionadas

Várias explosões foram ouvidas na capital da Ucrânia, Kiev, entre o fim de domingo (20) e início desta segunda-feira. A equipe da CNN no local viu canhões antiaéreos disparando no céu noturno por vários minutos. Não está claro no que os ucranianos estavam mirando, mas a reportagem viu um ponto iluminado atravessar o céu sobre a capital, o que poderia ser uma aeronave.

A cidade de Mariupol, que antes da guerra abrigava cerca de 450 mil pessoas, está sob ataque constante das forças russas desde o início de março, com imagens de satélite mostrando destruição significativa em áreas residenciais. Segundo relato à CNN do capitão Svyatoslav Palamar, do Regimento da Guarda Nacional Azov em Mariupol, “bombas estão caindo a cada 10 minutos” na cidade.

Bombeiros combatem incêndio em um prédio residencial danificado por ataque russo em Kiev / Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images

Pouco avanço nas negociações

O Kremlin afirmou nesta segunda-feira que as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia ainda não renderam um avanço significativo para gerar um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.

Apesar disso, novos corredores humanitários foram acordados entre russos e ucranianos para esta segunda, mas Mariupol ficou de fora da lista, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.

Aliados da Ucrânia, países ocidentais reunidos principalmente na Otan ainda tentam entender qual é o real status das negociações entre os países. Líderes dos Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e Reino Unido irão conversar virtualmente nesta segunda.

O presidente norte-americano, Joe Biden, informou que viajará à Polônia na próxima sexta-feira (25) para reunião com o líder polonês Andrzej Duda sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Visão geral do Kremlin, em Moscou, na Rússia
Visão geral do Kremlin, sede do governo russo, em Moscou / Getty Images

Ao menos oito civis morrem em ataque a shopping de Kiev

Pelo menos oito pessoas foram mortas em um ataque russo a um shopping center no distrito de Podilskyi, em Kiev, segundo o procurador-geral ucraniano.

Segundo o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia no final do domingo, 63 bombeiros trabalharam para extinguir as chamas que atingiram o terceiro e quarto andares do prédio.

“Como consequência do ataque de mísseis inimigos e do incêndio resultante, um shopping center foi destruído, as janelas dos prédios residenciais próximos e os veículos estacionados nas proximidades foram danificados”, disse o procurador-geral em um post em seu canal no Telegram.

“Bombas caem a cada dez minutos”, diz oficial em Mariupol

A cidade de Mariupol foi alvo de diversos ataques na madrugada desta segunda-feira, informaram forças ucranianas locais à CNN.

Bombas estão caindo a cada dez minutos. Navios de guerra da Marinha russa estão bombardeando. Ontem, os soldados desarmaram quatro tanques, [assim como] veículos blindados e tropas. Ainda precisamos de munição, armas antitanque e defesa aérea”, disse o capitão Svyatoslav Palamar, do Regimento da Guarda Nacional Azov, em Mariupol.

Palamar disse que ele e seus companheiros não se renderiam em Mariupol. O prazo emitido pela Rússia para que as autoridades de Mariupol entregassem a cidade passou às 5h de Moscou (23h de domingo, pelo horário de Brasília), com os ucranianos rejeitando o ultimato.

Comboio de ônibus saindo de Mariupol, destruída por ataques / magem de satélite/Maxar Technologies

Zelensky diz que Mariupol está sendo “reduzida a cinzas”

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse em um vídeo divulgado na segunda-feira, que a cidade portuária ucraniana de Mariupol está sendo “reduzida a cinzas” por ataques da Rússia, mas acrescentou que a localidade “sobreviverá”.

Zelensky, em seu discurso, pediu novamente aos ucranianos que “façam tudo o que puderem para defender nosso país, para salvar nosso povo”. Desde que a invasão russa da Ucrânia começou no final de fevereiro, “estamos vendo cada vez mais heróis [ucranianos]. Antes ucranianos comuns, agora verdadeiros combatentes”, afirmou.

O líder ucraniano também alegou que os cidadãos comuns na Ucrânia estão “subindo” a ponto de a Rússia “não acreditar que essa é a realidade” e acrescentou: “faremos a Rússia acreditar”. “Lutem, continuem lutando e ajudem”, ele pediu aos ucranianos.

Veja imagens do teatro destruído em Mariupol:


1 de 4De acordo com autoridades ucranianas, Teatro de Mariupol estava sendo usado como abrigo para civisCrédito: Divulgação/Câmara Municipal de Mariupol

2 de 4Imagens de satélite mostram palavra “crianças” escrita nos dois lados de teatroCrédito: Maxar Technologies

3 de 4Teatro foi destruído após bombardeio de tropas russas; Petro Andruishchenko, assessor do prefeito de Mariupol, descreveu que o teatro era o maior abrigo “em número e tamanho” no centro da cidadeCrédito: Conselho de Mariupol via Telegram

Explosões mostram um incêndio nas ruínas do teatro; número de vítimas ainda é desconhecidoCrédito: Conselho de Mariupol via Telegram

Bombardeio mata 21 pessoas de equipes de resgate, diz Ucrânia

Autoridades ucranianas informam que 21 pessoas de equipes de resgate da Ucrânia foram mortas e 47 ficaram feridas devido a bombardeios de tropas russas.

“De acordo com a Convenção de Genebra, bombardeios ou outras ameaças aos socorristas durante operações de resgate são considerados crimes de guerra. Registramos todos esses casos, e os órgãos competentes farão uma avaliação legal de tais ações e identificarão os responsáveis”, disse o vice chefe do Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia, Roman Prymush.

Ele observou que a detenção de socorristas pelas forças russas também é uma violação da Convenção de Genebra. Prymush acrescentou que os atos serão objeto de processos em tribunais internacionais, que já estão em andamento.

Ucrânia rejeita rendição de Mariupol

O prazo emitido pela Rússia para que as autoridades de Mariupol entregassem a cidade foi ignorado após os ucranianos rejeitarem os termos da demanda russa.

A cidade portuária de Mariupol, que antes da guerra abrigava cerca de 450 mil pessoas, está sob ataque constante das forças russas desde o início de março, com imagens de satélite mostrando destruição significativa em áreas residenciais.

Embora o ultimato russo parecesse oferecer àqueles que optaram por se render uma passagem segura para fora da cidade, não oferecia tais garantias para os restantes.

“Só novas sanções podem parar a Rússia”, diz premiê tcheco

“O presidente russo, Vladimir Putin, está cometendo crimes de guerra na Ucrânia e mais sanções são a única maneira de detê-lo”, disse o primeiro-ministro tcheco Petr Fiala nesta segunda-feira em postagem no Twitter.

“O exército russo devastou Mariupol, na Ucrânia. O mundo inteiro vê que pessoas inocentes estão morrendo por causa dessa guerra”, escreveu Fiala. “Devemos continuar pressionando por uma abordagem clara e unida à Rússia e mais sanções, é a única maneira de deter Putin”, concluiu.

O Ocidente tem aplicado sanções à Rússia e a cidadãos do país próximos a Vladimir Putin nas últimas semanas. Apesar de já impactar a população russa, as medidas não têm sido eficazes no propósito de frear a ofensiva russa.

Veja imagens da destruição na Ucrânia:


1 de 5Imagens foram captadas por satélite nesta quarta-feira (16)Crédito: Maxar Technologies

2 de 5Casas são vistas queimando em Chernihiv, na UcrâniaCrédito: Maxar Technologies


3 de 5Estádio de Chernihiv sofreu danos significativosCrédito: Maxar Technologies


4 de 5Crateras de impacto de artilharia perto de uma área residencial em KharkivCrédito: Maxar Technologies


5 de 5Edifícios destruídos são vistos em Volnovakha, na UcrâniaCrédito: Maxar Technologies

UE diz estar pronta para aplicar novas sanções à Rússia

A União Europeia está pronta para impor sanções adicionais à Rússia pela invasão da Ucrânia, disse o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, nesta segunda-feira.

“Medidas restritivas continuam constituindo uma parte importante de nossa abordagem, e estamos prontos para tomar mais (medidas) com nossos parceiros”, disse ele a repórteres após uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas.

Países podem ceder defesa aérea à Ucrânia, diz Pentágono

Os Estados Unidos estão em “discussões contínuas” com outras nações para fornecer à Ucrânia “os tipos de capacidades de defesa para incluir defesas aéreas de longo alcance, que sabemos que eles estão confortáveis ​​em usar”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, durante um pronunciamento nesta segunda-feira.

O secretário de Defesa, Lloyd Austin, visitou a Eslováquia e a Bulgária na semana passada após participar da Reunião Ministerial de Defesa da Otan em Bruxelas.

CNN informou anteriormente que os EUA estavam em discussões com a Eslováquia para fornecimento de armas de defesa aérea S-300 para a Ucrânia em troca de algo para preencher seu suprimento. Nenhum acordo foi anunciado entre a Eslováquia e os EUA até o momento.

John Kirby, porta-voz do Pentágono
John Kirby, porta-voz do Pentágono / Anadolu Agency via Getty Images

EUA restringem vistos de funcionários chineses

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou nesta segunda-feira a restrição dos vistos de funcionários chineses por assédio e repressão contra dissidentes e defensores dos direitos humanos dentro e fora da China.

“Os perpetradores de violações dos direitos humanos devem continuar a enfrentar as consequências. Os Estados Unidos tomaram medidas para impor restrições de visto a funcionários da RPC [República Popular da China] por tentarem intimidar, assediar e reprimir dissidentes e defensores dos direitos humanos dentro e fora da China”, afirmou Blinken pelas redes sociais.

Biden pede reforço contra possíveis ataques cibernéticos

O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu nesta segunda-feira aos parceiros do setor privado “que endureçam suas defesas cibernéticas imediatamente”, apontando para “evolução em inteligência” e indicando “o potencial de que a Rússia pode realizar atividades cibernéticas maliciosas contra os Estados Unidos”.

Embora tenha prometido que seu governo “continuará a usar todas as ferramentas para impedir, interromper e, se necessário, responder a ataques cibernéticos contra infraestrutura crítica”, o presidente reconheceu em comunicado que “o governo federal não pode se defender contra essa ameaça sozinho”.

“A maior parte da infraestrutura crítica da América pertence e é operada pelo setor privado, e os proprietários e operadores de infraestrutura crítica devem acelerar os esforços para trancar suas portas digitais.

Presidente dos EUA, Joe Biden / REUTERS/Jonathan Ernst

Refugiados chegam ao Brasil e já fazem planos

Os primeiros refugiados ucranianos já desembarcaram em solo brasileiro e foram alocados em Curitiba, no Paraná.. Durante o fim de semana, eles foram recepcionados com culto, atendimento médico, passeio turístico, atividades de lazer e até massagens.

O grupo recebeu roupas novas, kits de higiene, cama e banho, medicamentos e chocolates. Os mais novos ganharam brinquedos e participaram de uma tarde de brincadeiras com outras crianças brasileiras. A maior parte dos estrangeiros é composta por mulheres e crianças.

Ainda no fim de semana, os ucranianos foram transferidos para Guarapuava, localizada a pouco mais de 250 quilômetros de Curitiba. O próximo destino é a cidade de Prudentópolis – município que comporta a maior comunidade de imigrantes e descendentes de ucranianos no país.

Rota da Guerra Fria, com voos sobre o Polo Norte, é recriada

O fechamento do espaço aéreo russo para algumas empresas aéreas internacionais, incluindo muitas na Europa, forçou as companhias a procurar rotas alternativas. Para alguns voos, como os que ligam a Europa e o Sudeste Asiático, isso é especialmente problemático, já que a Rússia, o maior país do mundo, fica diretamente no meio.

O problema é melhor ilustrado pelo voo da Finnair de Helsinque para Tóquio. Antes da invasão da Ucrânia, aviões da empresa da Finlândia decolavam e se dirigiam rapidamente para o espaço aéreo da vizinha Rússia, cruzando mais de 4,8 mil quilômetros.

Eles então entravam no espaço aéreo da China, perto da fronteira norte com a Mongólia, voavam em seu espaço aéreo por cerca de 1,6 mil quilômetros, antes de entrar na Rússia novamente ao norte de Vladivostok. Finalmente, atravessavam o Mar do Japão e viravam para o Sul em direção ao Aeroporto de Narita.

Rota sobre o Polo Norte voltou a ser utilizada por empresas que evitam o espaço aéreo da Rússia; um exemplo são os voos da A Finnair que têm países asiáticos como destino
Rota sobre o Polo Norte voltou a ser utilizada por empresas que evitam o espaço aéreo da Rússia; um exemplo são os voos da A Finnair que têm países asiáticos como destino / Divulgação/Finnair

Mudança geopolítica é veloz, diz professor

A guerra na Ucrânia tem promovido mudanças geopolíticas na velocidade “de motor de Ferrari”, na avaliação do professor de Relações Internacionais da Unifesp, José Alexandre Altahyde Hage.

Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou: “A geopolítica já está mudando desde o final da Guerra Fria, com a ascensão da China como grande potência. São 20, 30 anos que a geopolítica muda, mas a comunidade não estava esperando mudança tão dramática, como a causada pela guerra da Ucrânia.”

Para o professor, as sanções impostas à Rússia podem surtir efeito, mas há meios de o presidente Vladimir Putin burlar as pressões. “Há um termo na geopolítica que é o poder de manobra. Ela é a possibilidade de uma grande potência de sobressair a essas pressões das sanções, ela funciona a partir das reservas econômicas e naturais que o país tem”, disse.

Tropas da Otan fazem exercícios na Noruega desde início da segunda semana de março
Tropas da Otan fazem exercícios na Noruega. Foto:Anadolu Agency via Getty Images) / Anadolu Agency via Getty Images

Atravessar a fronteira é sempre um alívio, diz voluntário

Voluntário da Frente BrazUcra, Alysson Vitali atua na fronteira entre Polônia e Ucrânia para ajudar os refugiados. Em entrevista à CNN Rádio, ele relatou que há “estrutura fenomenal” para recebê-los: “há acomodação, alimentos, remédios.”

“Atravessar a fronteira [para fora da Ucrânia] é um alívio, pelo menos para nós. Tomamos os cuidados, a atenção é redobrada, mas tentamos ficar os mais calmos possíveis, para entrar e fazer o trabalho”, relatou.

Alysson, que havia acabado de cruzar a fronteira, acredita que o ritmo de travessia sofreu redução: “O fluxo tem sido menor do que no princípio do conflito. Há calmaria, por mais que haja ataques.”

Refugiados da Ucrânia chegando à Polônia no dia 20 de março / Christoph Reichwein/picture alliance via Getty Images

Zelensky cita possibilidade de Terceira Guerra Mundial

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse no domingo (20), em uma entrevista exclusiva à CNN, que está pronto para negociar com o presidente russo, Vladimir Putin –mas advertiu que, se qualquer tentativa de negociação falhar, isso pode significar “uma Terceira Guerra Mundial”.

As declarações foram feitas em meio a mais ataques russos a alvos ucranianos. Segundo Pavlo Kyrylenko, prefeito de Mariupol, a cidade registrou troca de tiros nas ruas e diferentes explosões neste domingo, incluindo em uma escola de arte que estava sendo usada como abrigo por cerca de 400 pessoas.

A Rússia não se manifestou sobre a acusação da autoria do bombardeio na escola de arte, mas tem negado sistematicamente ter civis como alvos. Em uma mensagem de vídeo publicada no Facebook no início deste domingo, Zelensky afirmou que a cidade portuária ficará na história como um exemplo de crimes de guerra.

Além de Rússia e Ucrânia: as outras guerras ativas no mundo

Quando o mundo parecia começar a emergir da pandemia de Covid-19, a escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia teve o pior desfecho: a invasão russa e o surgimento de um novo conflito armado no coração da Europa, o que se soma às guerras ativas no mundo.

As imagens de tanques e veículos blindados agora avançando pela Ucrânia, de soldados montando trincheiras defensivas e de aviões e mísseis bombardeando cidades enquanto civis tentam escapar da guerra, trazem de volta memórias de guerras passadas. Mas a Ucrânia não é o único conflito armado no mundo hoje. Veja a lista.

Fotos: as principais imagens da guerra
1 de 125Invasão começou na quinta-feira, 24 de fevereiro, com bombardeios em diversas cidades da Ucrânia. Na imagem, uma explosão ocorre na capital KievCrédito: Gabinete do Presidente da Ucrânia

2 de 125Diversas explosões foram registradas na Ucrânia após invasão de tropas russas na madrugada de quinta-feira (24)Crédito: Ministério do Interior da Ucrânia

3 de 125Fumaça sai da região que abriga o Ministério da Defesa da Ucrânia em KievCrédito: Reuters
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 de 125Engarrafamento registrado em Kiev, capital da UcrâniaCrédito: Reprodução/Reuters

5 de 125Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convocou cidadãos para luta armada e pede doações de sangue no dia da invasãoCrédito: CNN / Reprodução

6 de 125Moradores de Kiev deixam a cidade após ataques de mísseis das forças armadas russas e de Belarus, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Getty Images

7 de 125Tanques em Mariupol após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar a invasão da UcrâniaCrédito: 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria

8 de 125Tanques entram em Mariupol após presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar invasão da UcrâniaCrédito: 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria

9 de 125Longa fila de carros em Kiev, tentando sair da Ucrânia, durante o dia 24 de fevereiroCrédito: Reuters

10 de 125Espaço aéreo na Ucrânia foi completamente fechado após invasão de tropas russas no paísCrédito: CNN / Reprodução

11 de 125Pesssoas esperam trens em estação enquanto tentam deixar Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, após a Rússia iniciar um ataque em larga escala ao paísCrédito: Getty Images

12 de 125Estrutura danificada por um míssil em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na UcrâniaCrédito: Chris McGrath/Getty Images

13 de 125Civis de Donetsk e Luhansk, regiões com predominância de separatistas russos, em Donbass, estão se instalando em campos em Rostov, na Rússia, após a evacuação da região em 21 de fevereiro de 2022Crédito: Sefa Karacan/Anadolu Agency via Getty Images

14 de 125Pessoas esperam ônibus em rodoviária em tentativa de deixar Kiev, a capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Pierre Crom/Getty Images

15 de 125Caminhões do exército russo passam por um posto policial em Armyansk, no norte da Crimeia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images

16 de 125Veículos militares deixam a cidade de Armyansk, no norte da Crimeia, após ataque russo na UcrâniaCrédito: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images

17 de 125Tanque militar ucraniano próximo da escadaria Potenkin, no centro de Odessa, na Ucrânia,o após operação militar russa em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

18 de 125Veículos militares após operação militar da Rússia, em Kramatorsk, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, no que foi classificado como maior ataque militar entre países da Europa desde a Segunda Guerra MundialCrédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images

19 de 125O bispo da Eparquia Católica Ucraniana da Sagrada Família de Londres junta-se a protesto realizado por ucranianos contra a invasão russa em Downing Street, no centro de Londres, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Yui Mok/PA Images via Getty Images

20 de 125Protesto em Berlim na Alemanha em apoio aos ucranianos e pedindo o fim da operação militar russa no país, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Abdulhamid Hosbas/Anadolu Agency via Getty Images

21 de 125Pessoas fazem filas para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos com medo dos ataques russos em Odessa, Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

22 de 125Mulher chora após entrar na Polônica, na fronteira entre o país e a Ucrânia, após bombardeio russo. Conflito criou uma onda de refugiados que busca abrigo em países vizinhos, como a Polônia, a Hungria e a RomêniaCrédito: Dominika Zarzycka/NurPhoto via Getty Images

23 de 125Primeiros imigrantes ucranianos começam a entrar na Polônia, após ataque russo no paísCrédito: NurPhoto via Getty Images

24 de 125Foguetes militares cruzam o céu durante entrada de repórter da CNN na RússiaCrédito: CNN

25 de 125Pessoas formam filas nos supermercados em Kiev, Ucrânia, com medo do desabastecimento devido aos ataques russos no país, que já mataram mais de 40 soldados ucranianosCrédito: Future Publishing via Getty Images

26 de 125Carros fazem fila em um posto de gasolina em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Future Publishing via Getty Images

27 de 125Metrô de Kharkiv virou abrigo improvisado, como flagrou equipe de CNNCrédito: CNN

28 de 125Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Future Publishing via Getty ImagVyacheslav Madiyevskyy/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

29 de 125Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

30 de 125Um apartamento danificiado após um ataque aéreo russo em um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

31 de 125Militares jogam itens em um incêndio do lado de fora de um prédio de inteligência em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Chris McGrath/Getty Images

32 de 125Avião militar dos EUA decola de base aérea em Ramstein, no estado alemão de Renânia-Palatinado, em 24 de fevereiro de 2022. Otan está fortalecendo suas tropas orientais.Crédito: dpa/picture alliance via Getty Images

33 de 125Fumaça escura sobe de um aeroporto militar, em Chuguyev, perto de Kiev, segunda maior cidade da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito:

34 de 125Posto de controle na região de Kiev danificado por disparos de artilhariaCrédito: 24/02/2022 Serviço de Imprensa do Serviço de Guarda Ucraniano/Divulgação via REUTERS

35 de 125Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio residencial na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

36 de 125Manifestantes protestam em Berlim contra invsão da Ucrânia pela RússiaCrédito: 24/02/2022REUTERS/Christian Mang

37 de 125Helicópteros militares russos durante voo-teste na região de RostovCrédito: 19/01/2022REUTERS/Sergey Pivovarov

38 de 125Bombeiros chegam para apagar fogo em edifício de apartamentos em Chuhuiv no leste da UcrâniaCrédito: Justin Yau/Sipa USA via Reuters – 24.fev.22

39 de 125Equipes de resgate no local de queda de avião das Forças Armadas da Ucrânia na região de KievCrédito: 24/02/2022Serviço de Imprensa do Serviço de Emergências da Ucrânia/Divulgação via REUTERS

40 de 125Centenas de moradores de um prédio residencial danificado por um míssil se reúnem em um abrigo antibomba no porão de uma escola em Kiev, em 25 de fevereiro de 2022Crédito: Getty Images

41 de 125Uma criança brinca no parquinho enquanto civis são vistos do lado de fora de um prédio residencial da região de Kiev, atingido durante intervenção militar russa, em 25 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

42 de 125Guardas de fronteira ucranianos que serviam no ponto de passagem de Chongar e entregaram suas armas, em 25 de fevereiro de 2022Crédito: FSB/TASS via Getty Images

43 de 125Um homem olha pela janela de um apartamento danificado em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em KievCrédito: Getty Images

44 de 125Um homem caminha com seu cachorro na frente de um bloco residencial danificado por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em KievCrédito: Getty Images

45 de 125Um quarto queimado e danificado de um apartamento é visto em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal em 25 de fevereiro de 2022 em KievCrédito: Getty Images

46 de 125Ucraniano recolhe seus pertences após o quarto ser danificado por um míssil, em Kiev, 25 de fevereiro de 2022Crédito: Getty Images

47 de 125Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

48 de 125Um veículo blindado circula no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

49 de 125Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

50 de 125Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

51 de 125Cidadãos ucranianos chegam à Romênia cruzando a fronteira de Siret, em 26 de fevereiro de 2022, depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

52 de 125Militares ucranianos chegam da ilha de Zmeiny, em 26 de fevereiro de 2022, após se renderem voluntariamente às tropas russas. Com certos procedimentos legais concluídos, eles serão enviados de volta para suas famílias na Ucrânia.Crédito: Russian Defence Ministry/TASS

53 de 125O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky discursa uma mensagem em vídeo ao povo da Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Presidência da Ucrânia

54 de 125Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

55 de 125Um soldado ucraniano é visto atrás de pneus no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

56 de 125Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

57 de 125Moradores do Dnipro se reúnem no Rocket Park para preparar coquetéis molotov no 4º dia desde o início dos ataques russos em larga escala no país, em Dnipro, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

58 de 125Pessoas são fotografadas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da Ucrânia.Crédito: Future Publishing via Getty Imag

59 de 125Pessoas são fotografadas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da UcrâniaCrédito: Future Publishing via Getty Imag

60 de 125As forças russas e os separatistas pró-russos assumem o controle da vila de Nikolaevka, região de Donetsk, Ucrânia em 27 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

61 de 125As forças russas e os separatistas pró-russos assumem o controle da vila de Nikolaevka, região de Donetsk, Ucrânia em 27 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

62 de 125As forças de segurança ucranianas nas ruas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

63 de 125Reunião entre Rússia e Ucrânia por cessar-fogo é encerrada sem acordoCrédito: Anadolu Agency via Getty Images

64 de 125Conversas entre Ucrânia e Rússia em BelarusCrédito: Alexander Kryazhev/POOL/TASS via

65 de 125O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz um discurso em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

66 de 125Uma mulher passa por um prédio danificado em uma rua após o toque de recolher ser temporariamente suspenso em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

67 de 125Pessoas fazem longas filas nos supermercados após o toque de recolher ser temporariamente suspenso em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

68 de 125Membros das forças ucranianas inspecionam motoristas de carros procurando algo suspeito. As forças de segurança ucranianas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

69 de 125Os militares ucranianos retiram a ajuda coletada da população para trazê-la à frente no 5º dia desde o início dos ataques russos em grande escala no país, em Dnipro, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

70 de 125Grupos de pessoas com seus pertences dormindo em cadeiras e no chão da estação de Przemysl, seis dias após o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em 1º de março de 2022, em Przemysl, Polônia. A estação de Przemysl tornou-se um refúgio seguro para milhares de pessoas fugindo da guerra que a Rússia lançou contra a UcrâniaCrédito: Europa Press via Getty Images

71 de 125Grupos de pessoas com seus pertences dormindo em cadeiras e no chão da estação de Przemysl, seis dias após o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em 1º de março de 2022, em Przemysl, Polônia. A estação de Przemysl tornou-se um refúgio seguro para milhares de pessoas fugindo da guerra que a Rússia lançou contra a UcrâniaCrédito: Europa Press via Getty Images

72 de 125Ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

73 de 125Danos causados ao gabinete do governador de Kharkiv após o ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

74 de 125Danos causados ao gabinete do governador de Kharkiv após o ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

75 de 125Consequências das hostilidades do exército russo em Bucha, região de Kiev, norte da UcrâniaCrédito: Vasyl Molchan/Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

76 de 125Soldados são vistos atrás de pilhas de areia usadas para bloquear uma estrada na capital ucraniana, Kiev, em meio a ataques russos em 01 de março de 2022Crédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images

77 de 125Civis se concentram nas estações de metrô de Kiev para abrigar-se dos ataques russos em 2 de março de 2022Crédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images

78 de 125Civis se concentram nas estações de metrô de Kiev para abrigar-se dos ataques russos em 2 de março de 2022, o 7º dia de bombardeiosCrédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images

79 de 125Civis tentam seguir para o oeste a partir de Kiev em estações de trem, em 2 de março de 2022, em meio à invasão russaCrédito: Anadolu Agency via Getty Images

80 de 125Interior de café destruído após bombardeio de forças russas em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, em 2 março de 2022Crédito: SERGEY BOBOK/AFP via Getty Images

81 de 125Assentamentos civis destruídos após ataques da Rússia em Kharkiv, no dia 3 de março de 2022Crédito: tate Emergency Service of Ukraine/Anadolu Agency via Getty Images

82 de 125Bairros civis foram atacados em Kharkiv, no 8º dia de conflito na Ucrânia a partir de ataques russos, 3 de março de 2022Crédito: State Emergency Service of Ukraine/Anadolu Agency via Getty Images

83 de 125Civis constroem barricadas de ferro e armadilhas para prender veículos blindados em uma tentativa de defender a cidade de ataques russos, em Lviv, Ucrânia, em 3 de março de 2022Crédito: Abdullah Tevge/Anadolu Agency via Getty Images

84 de 125Criança dorme em abrigo temporário no Centro Metodológico de Budapeste (BMSZKI), Hungria, enquanto fogem da Ucrânia, em 3 de março de 2022Crédito: Janos Kummer/Getty Images

85 de 125Fumaça sobe em assentamentos civis destruídos após ataques russos em Chernihiv, Ucrânia, em 3 de março de 2022Crédito: State Emergency Service of Ukraine/Handout/Anadolu Agency via Getty Images

86 de 125Barricadas são estruturadas em frente ao Monumento da Independência e soldados patrulham a região, enquanto sirenes são ouvidas em meio aos ataques da Rússia na capital ucraniana, Kiev, em 3 de março de 2022, o 8º dia de conflitos na regiãoCrédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images

87 de 125Prédio destruído por disparos de artilharia em Irpin, na região de Kiev, na UcrâniaCrédito: ]02/03/2022 REUTERS/Serhii Nuzhnenko

88 de 125Bombeiros extinguem incêndio em prédio após ataque russo em Chernihiv, na UcrâniaCrédito: 03/03/2022 Serviços de Emergência da Ucrânia via REUTERS

89 de 125Prefeito da cidade ucraniana de Energodar, Dmytro Orlov, afirmou que um ataque promovido pelas tropas russas provocou um incêndio na usina nuclear de ZaporizhzhiaCrédito: Reprodução

90 de 125Prédio administrativo danificado no complexo da usina nuclear de Zaporizhzhia. na UcrâniaCrédito: 04/03/2022 Serviço de Imprensa da Companhia Nacional de Geração de Energia Nuclear Energoatom/Divulgação via REUTERS

91 de 125Imagens de satélite Maxar mostram destruição de mercearias e shopping centers no oeste de Mariupol, UcrâniaCrédito: Satellite image (c) 2022 Maxar Technologies/Getty Images

92 de 125Imagens de satélite Maxar mostram destruição de mercearias e shopping centers no oeste de Mariupol, UcrâniaCrédito: Satellite image (c) 2022 Maxar Technologies/Getty Images

93 de 125Ponto de ajuda para refugiados da Ucrânia que foi inaugurado no Estádio Municipal Henryk Reymans. em Cracóvia, na PolôniaCrédito: NurPhoto via Getty Images

94 de 125Imagem divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia. Prédio cuja fachada apresenta marcas de explosão seria um hospital infantil e maternidade. Ucrânia acusa Rússia de ataque aéreo no localCrédito: Foto: MFA Ucrânia / Twitter

95 de 125Mulher ucraniana se emociona ao fugir de Kiev; muitas pessoas se dirigiram para cidades no oeste do país ou para a Polônia em busca de segurançaCrédito: Reprodução/CNN Brasil (9.mar.2022)

96 de 125Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, está sob ataques desde início da invasãoCrédito: NurPhoto via Getty Images

97 de 125Membro de equipe de resgate faz buscas perto de prédio danificado por disparos de artilharia na região ucraniana de MykolaivCrédito: 08/03/2022 Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS

98 de 125Mulheres de Moldova recebem refugiadas ucranianasCrédito: Divulgação

99 de 125Pessoas esperam na estação ferroviária da cidade ucraniana ocidental de Lviv para embarcar em um trem para deixar o país em 7 de março de 2022, enquanto os ataques russos continuamCrédito: Anadolu Agency via Getty Images

100 de 125Membro da Força de Defesa Territorial Ucraniana faz guarda no centro de OdessaCrédito: 08/03/2022 REUTERS/Iryna Nazarchuk

101 de 125Residentes e militares ajudam civis a fugir do fronte de gurra na cidade de Irpin. perto de Kiev, na Ucrânia, em 10 de março de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

102 de 125Civis tentam fugir de Irpin, cidade próxima à capital ucraniana Kiev, em 10 de maço de 2022Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

103 de 125Soldado americano em um Stryker participa de exercício militar conjunto entre Romênia e EUA, em uma base militar em Smrdan, RomêniaCrédito: Getty Images

104 de 125Tendas são montadas para dar informação e comida para refugiados vindos da Ucrânia em Colônia, cidade da Alemanha, em 10 de março de 2022Crédito: NurPhoto via Getty Images

105 de 125Um banner, com um slogan abordando o exército russo, é preso em um checkpoint reforçado com blocos e sacos de areia em Odessa, cidade na UcrâniaCrédito: Future Publishing via Getty Imag

106 de 125Refugiados saídos da Ucrânia chegam a Portugal, em 10 de março de 2022Crédito: Corbis via Getty Images

107 de 125Moradores de um prédio residencial em Kiev após ter sido atingido por ataque aéreo da Rússia em 15 de março de 2022Crédito: Maxym Marusenko/NurPhoto via Getty Images

108 de 125Bombeiros combatem incêndio em um prédio residencial danificado por um ataque russo em Kiev, na Ucrânia, em 15 de março de 2022Crédito: Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images

109 de 125Destroços de uma escola após um ataque aéreo da Rússia no vilarejo Zelenyi Hai, na Ucrânia, em 15 de março de 2022. Três civis foram resgatados e sete pessoas morreram, de acordo com o Serviço de Emergência EstatalCrédito: State Emergency Service of Ukraine / Handout/Anadolu Agency via Getty Images

110 de 125Prédio residencial danificado após ter sido atingido por ataque russo em Kiev, na Ucrânia, em 15 de março de 2022Crédito: Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images

111 de 125Bombeiros trabalham para apagar incêndio em um prédio residencial atingido por ataque da Rússia durante a manhã do dia 15 de março de 2022, no distrito de Sviatoshynskyi, em Kiev, na UcrâniaCrédito: Chris McGrath/Getty Images

112 de 125Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio atingido por bombardeio russo no dia 15 de março de 2022, na região de Sviatoshynskyi, em Kiev, na UcrâniaCrédito: Chris McGrath/Getty Images

113 de 125Pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia encontram abrigo em ginásio esportivo convertido temporariamente em um abrigo, na região de Nowa Huta, em Cracóvia, na Polônia, em 15 de março de 2022Crédito: Omar Marques/Getty Images

114 de 125Refugiados que fugiram da Ucrânia estão sendo abrigados em um ginásio esportivo em Zgorzelec, na PolôniaCrédito: Danilo Dittrich/picture alliance via Getty Images

115 de 125Senhora é resgatada de prédio atingido por ataque russo em Kiev, capital ucraniana, no dia 15 de marçoCrédito: Chris McGrath/Getty Images

116 de 125Criança retirada de região de Mariupol aguarda em abrigo na província de Donetsk, no leste da UcrâniaCrédito: Leon Klein/Anadolu Agency via Getty Images

117 de 125Homem busca por pertences em meio aos escombros de um prédio residencial atacado por míssil na região de KievCrédito: Madeleine Kelly/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

118 de 125Helicópteros russos destruídos por forças ucranianas no aeroporto de Kherson, em 15 de março de 2022Crédito: Planet Labs

119 de 125Ataque ucraniano destruiu pelo menos três helicópteros russosCrédito: Planet Labs

120 de 125Fumaça vinda do aeroporto de Kherson é registrada por droneCrédito: Reprodução/Telegram

121 de 125Civis que deixaram Mariupol chegam a abrigo em ZaporizhzhiaCrédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

122 de 125Pessoas que cruzaram a fronteira da Ucrânia, adentrando Medyka, na Polônia, esperam para embarcar em ônibus, em 16 de março de 2022Crédito: Victoria Jones/PA Images via Getty Images

123 de 125Teatro atingido pelo o que ucranianos acusam de ser mísseis russosCrédito: Divulgação/Telegram

124 de 125Casas são vistas queimando em Chernihiv, na UcrâniaCrédito: Maxar Technologies

125 de 125Estádio de Chernihiv sofreu danos significativos após ataque russoCrédito: Maxar Technologies

Qual é o tamanho dos exércitos da Rússia e Ucrânia?

A realidade é que há uma grande diferença entre o exército ucraniano e o exército russo. “Este não é o mesmo exército russo que estava em ruínas logo após a Guerra Fria“, diz o analista Jeffrey Edmonds, do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

“É um exército muito móvel, bastante moderno e bem treinado, com uma força aérea muito saudável, grandes forças terrestres, muito controle de artilharia, navios pequenos com muita capacidade para missões de ataque ao solo”. Veja comparação abaixo:

  • ORÇAMENTO MILITAR DE 2021

Ucrânia: U$ 4,1 bilhões
Rússia: US$ 45,3 bilhões

  • TROPAS ATIVAS

Ucrânia: 219 mil soldados
Rússia: 840 mil soldados

  • AERONAVES DE COMBATE

Ucrânia: 170
Rússia: 1.212

  • HELICÓPTEROS DE ATAQUE

Ucrânia: 170
Rússia: 997

  • TANQUES DE GUERRA

Ucrânia: 1.302
Rússia: 3.601

  • ARMAMENTO ANTIAÉREO

Ucrânia: 2.555
Rússia: 5.613

Resumo para entender o conflito

Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer da quinta-feira (24 de fevereiro), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país.

O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

O que se viu nos dias a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira. O Ocidente, no entanto, aplicou sanções financeiras pesadas aos russos.

Equipes de resgate trabalham no local do acidente da aeronave Antonov das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kiev / 24/02/2022 Serviço de Emergência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS

Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

Rússia afirmou que só irá parar com os ataques se suas “condições” forem aceitas pela Ucrânia. Na lista, estão uma mudança da Constituição do país para resguardar neutralidade em relação à adesão em blocos, além do reconhecimento da Crimeia como território russo e das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como territórios independentes.

Fonte: CNN Brasil

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