Aumento da variante delta no Vale do Paraíba pode provocar alta de casos do novo coronavírus

Diante de indicadores positivos da pandemia, a disseminação da variante delta pelo Vale do Paraíba com a reabertura econômica acende o sinal de alerta

O Vale do Paraíba tem os indicadores mais positivos da pandemia deste ano, com queda sustentada em número de novos contaminados por Covid-19, internados e de mortes em decorrência da doença.

Mas a situação pode mudar a qualquer instante em razão de duas variáveis que preocupam os cientistas: a circulação da variante delta do coronavírus pelo Vale e o fim das restrições a partir de 17 de agosto.

Apenas eventos de grande público continuarão proibidos, mas a tendência é que eles comecem a retornar aos poucos nos próximos meses.

A variante delta foi identificada pela primeira vez no interior do estado nas cidades de Pindamonhangaba e Guaratinguetá, esta a partir de um foco identificado em Aparecida.

A partir daí, a variante foi se espalhando por outros municípios da região, que tornou-se um dos principais corredores de entrada da cepa no estado pela proximidade com o Rio de Janeiro. Além das cidades da região, a capital paulista registrou casos da delta.

Atualmente, ao menos oito cidades da região confirmaram casos da variante delta, entre elas São José dos Campos, Caraguatatuba e Cruzeiro.

A preocupação dos especialistas é que a nova cepa, que é considerada mais contagiosa, interrompa a redução de casos, internações e mortes por Covid-19 que vem ocorrendo no Vale desde o início de julho.

“O sinal amarelo é que a delta está com difusão acelerada no mundo e fora do Brasil já é a predominante. Em vários países, mesmo com vacinação e queda de óbitos, vemos nas últimas três semanas uma aceleração dos contágios, possivelmente associada ao retorno às ‘atividades normais'”, avaliou o estatístico Paulo Barja, professor da Univap (Universidade do Vale do Paraíba).

“O Brasil tem mantido uma defasagem em torno de um mês em relação a estes países, no que se refere ao comportamento da pandemia. Assim, precisamos manter a atenção e observar as próximas duas semanas com cuidado.”

Na semana passada, o Instituto Butantan instalou seu primeiro laboratório móvel em Aparecida para sequenciar casos da variante delta. A expectativa era de avaliar mais de 300 exames em sete dias.

Fonte: O Vale

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