Taxa de transmissão da Covid-19 no Vale do Paraíba é a 2ª maior do Estado, aponta estudo

Segundo estudo da Usp e Unesp, cada 100 pessoas com coronavírus podem transmitir para outras 184 pessoas. Região do Vale fica atrás apenas de Presidente Prudente.

Um estudo da Usp e da Unesp aponta que a taxa de transmissão do coronavírus no Vale do Paraíba é a segunda maior do Estado de São Paulo. A região registrou mais de 57, mil casos e 1,4 mil óbitos por Covid-19.
Segundo os dados, atualizados na terça-feira (24), a taxa de disseminação na região é de 1,84, o que significa que cada 100 pessoas com o coronavírus transmitem para mais 184.
O índice aponta se a disseminação do vírus está aumentando ou diminuindo com base em modelos matemáticos. Abaixo de um, significa que está diminuindo. Já acima de um, acima indica que está aumentando.

O estudo leva em contato dados coletados desde março e acompanha a evolução da doença em todo o estado de São Paulo.
Na metodologia, são analisados os dados de casos confirmados, de mortes e de recuperados informados pelas prefeituras. Com base em modelos matemáticos, os pesquisadores conseguem entender qual o estágio atual de contágio e fazer projeções de curto prazo.

O dado de taxa de reprodução divulgado na terça-feira (24) é de 1,84 no Vale do Paraíba. A região só fica atrás da região de Presidente Prudente, que tem taxa de 1,96.
De acordo com os pesquisadores, o número no Vale indica que a cada grupo de 100 pessoas com o vírus, pode transmitir para até 184 pessoas. A projeção ainda aponta que o índice pode chegar a 2,31 até 1° de dezembro.
“A tendência é que, se uma medida não for tomada, a infecção pode ficar descontrolada de novo. Hoje, os dados na região já mostram que uma pessoa infecta mais de uma. Precisamos que o poder público tome uma medida para reforçar o distanciamento social ou corremos o risco de vermos cenários de crescente da doença como no início do ano”, explica a Marilaine Colnago, pesquisadora e matemática da plataforma.

Os dados mostram que até 11 de novembro o número era abaixo de um, o que indicava redução na transmissão. Os dados vinham controlados desde setembro, quando houve a baixa no número de casos.
O número evoluiu de 1,02 de taxa de disseminação para 1,84 em apenas 12 dias.
“Isso acontece porque enquanto não tivermos as pessoas sendo imunizadas, o vírus continua circulando. A vida parece estar normal, mas ainda há um vírus mortal circulando e precisamos tomar medidas para proteger uns aos outros”, comentou Marilaine.

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