Romeiros mantêm peregrinação pela Dutra até a Basílica de Aparecida, SP

Diante da pandemia de coronavírus e alterações na programação da Festa da Padroeira, movimento de peregrinos na Rodovia Presidente Dutra está abaixo em comparação com anos anteriores.
A uma semana do Feriado da Padroeira, celebrado no dia 12 de outubro, romeiros fazem peregrinação pela Dutra até o Santuário Nacional de Aparecida. Mas, diferente de anos anteriores, em que o acostamento da pista costumava ter muitos romeiros já no início de outubro, o movimento está menor em 2020.
A pandemia e a própria recomendação da Basílica de Aparecida para que as pessoas evitem as visitas neste período são dois dos motivos para a redução de romeiros. Porém, as peregrinações não acabaram por completo, seja pela Via Dutra ou pela Rota da Luz, que é o caminho mais recomendado. Existem os fiéis que mantêm essa tradição neste ano.

Caso de um grupo de romeiros de Arujá, que saíram do ponto de partida em 29 de setembro e caminharam por alguns dias pela Via Dutra até a Basílica. Eles realizam o trajeto há sete anos, mas reconhecem que a romaria está diferente em 2020.
“Esse ano está muito diferente. Paramos em alguns postos, restaurantes, para pegar uma água, descansar um pouco. Em todos os locais há protocolos, caminhamos com o álcool em gel”, contou o engenheiro de automação, Jerônimo Lopes, de 48 anos.
Os pontos de apoio, aliás, também reduziram na pandemia. Os romeiros de Arujá contam com o apoio de um padre de Santa Branca, que acompanha o grupo com um carro e oferece água e alimentação em alguns pontos.
“Da nossa parte, o que fazemos é a caminhada de agradecimento. Não viemos para pedir nada, apenas para agradecer. Neste ano, a gente criou a nossa lista de orações para familiares e amigos, mas incluímos neste ano o pessoal da pandemia, que infelizmente tiveram muitas perdas. É questão da solidariedade também”, destacou Jerônimo.
Na Basílica
No Santuário Nacional, os fiéis chegam a pé, de carro ou de bicicleta. Esse último meio é o caso do médico Marco Eugênio, de 53 anos, que saiu de Ribeirão Preto na companhia do amigo, Ronaldo. Foram cerca de 500 quilômetros pedalando em seis dias de percurso.

Marco Eugênio é dermatologista, mas, no auge da pandemia, foi deslocado para atuar no combate à Covid-19. A visita para Aparecida, aliás, estava marcada para março ou abril. Mas, por causa da Covid-19, adiaram o plano.
“É muito cansativo, demais. É muito maior do que imaginava (risos). Foi um desafio para mostrar minha fé. Fico até emocionado. Meu pai é devoto, também sou. Essa viagem era para ser em março, abril. Mas, infelizmente, não deu. O que importa é que agora deu tudo certo”, comentou.

PROTOCOLOS DE SEGURANÇA
A Basílica de Aparecida tem orientado os romeiros a adiarem a peregrinação neste momento de pandemia para evitar riscos para os fiéis. Mas, para os que se deslocam ao Santuário Nacional mesmo assim, o templo tem uma série de medidas sanitárias para que essas visitas ocorram em segurança.

Além de estipularem um limite de pessoas no Santuário, há medição de temperatura, álcool gel em totens espalhados pela Basílica, distanciamento e higienização dos locais.
Em 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, as missas não poderão ter a presença do público e poderão ser acompanhadas somente pela TV, rádio ou internet.

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