Estado alerta sobre aglomerações nas ruas do Vale com flexibilização da quarentena

Secretário do Centro de Contingência de Combate ao Coronavírus, João Gabbardo dos Reis, alertou para que população mantenha o isolamento e cuidados para evitar o contágio do vírus.

O secretário do Centro de Contingência de Combate ao Coronavírus do Estado de São Paulo, João Gabbardo dos Reis, alertou sobre as aglomerações nas ruas com a flexibilização da quarentena, que teve início na última segunda (1°) na região.

Questionado sobre o grande movimento no calçadão de São José dos Campos no dia de reabertura do comércio, Gabbardo afirmou que a tendência é de que a situação se normalize ao longo dos dias.

“É um fenômeno que ocorre com muita frequência, as pessoas ficaram muito tempo em casa e quando sentiram uma possibilidade de ir para rua, mesmo que não fosse para ir numa loja, dar uma saída e tal, acho que aconteceu isso nos primeiros dias e a tendência é que normalize daqui pra frente”, afirmou.

Apesar disso, Gabbardo reforçou que a população mantenha os cuidados para que as ações de controle de disseminação do coronavírus sejam eficazes. Ele lembrou ainda que se houver piora nos indicadores as ações restritivas serão reforçadas.

“As pessoas têm que saber que se elas não respeitarem as orientações gerais, de distanciamento, que possam correr risco de aumentar transmissibilidade da doença, os indicadores vão apontar para uma necessidade de que nessa região temos que voltar atrás. Todos tem que saber isso. Que se os indicadores apontarem para isso, as medidas que foram tomadas nesse sentido da flexibilização, ela voltarão, poderão sofrer um retrocesso”, disse.

EVOLUÇÃO
No dia anterior, o governo de São Paulo avaliou que houve melhora nos índices do Vale do Paraíba e informou que a região tem tendência em passar a uma fase com mais liberações.
Atualmente, o Vale do Paraíba se enquadra na cor laranja do modelo de quarentena do Estado, o que significa fase de controle, com eventuais liberações. A faixa permitiu a reabertura com restrições de atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio e shoppings.
Uma possível evolução para a fase de cor amarela permitiria a retomada de atividades como salões de beleza e de bares e restaurantes.

O Estado reforçou que o aumento dos casos não tem relação com a flexibilização da quarentena iniciada na segunda-feira (1°). Além disso, afirmou que os indicadores avaliados tiveram melhora na região.

“Nós podemos identificar na região do Vale do Paraíba uma melhora no indicador de internações, o que possibilita passar para a próxima fase, a fase amarela, fase três, se os números se consolidarem. Os números são bem objetivos: internações, casos, capacidade hospitalar dentro de taxa de ocupação e leitos por 100 mil habitantes. Fundamental dizer manter as práticas de isolamento social, utilização de máscaras para poder consolidar esses números na próxima semana”, disse o secretário de desenvolvimento regional do Estado, Marcos Vinholi.

A cor e fase de cada região do mapa é determinada por uma série de critérios, entre eles taxa de ocupação de UTIs e total de leitos a cada 100 mil habitantes. Os indicadores são avaliados junto com dados de mortes, casos e internações por Covid-19 para determinar a fase em que se encontra cada região.

Segundo o governo, as regiões serão avaliadas periodicamente de acordo com os indicadores de saúde, verificando se cumprem os critérios para avançarem a uma fase de maior relaxamento a cada 14 dias ou voltar para uma fase mais restrita a cada 7 dias (ou imediatamente, caso haja evidência da piora da situação). Uma possível flexibilização pode ser anunciada na próxima semana.
Até esta sexta-feira, a região do Vale e região bragantina registraram mais de 3 mil casos confirmados do novo coronavírus com 133 mortes.

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