Funcionários dos Correios entram em greve por reposição salarial e acordo de trabalho no Vale

De acordo com o sindicato da categoria, 80% dos cerca de 1,3 mil trabalhadores da região aderiram à paralisação. Agências vão operar sem esses funcionários, mas não devem ser fechadas.

Funcionários dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado na manhã da quarta-feira (11). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares (Sintect), a paralisação é por reposição salarial e para reivindicar a manutenção das cláusulas do antigo acordo de trabalho.

Ainda segundo o sindicato da categoria, 80% dos cerca de 1,3 mil trabalhadores da região aderiram à grave. As agências vão operar sem esses funcionários, mas não devem ser fechadas. A greve é nacional e também tem como ponto ir contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.

O presidente do sindicato da categoria no Vale do Paraíba, Moisés de Silva, disse que a empresa quer retirar 19 cláusulas do antigo acordo de trabalho e está oferecendo reposição de salário abaixo da inflação, no valor de 0,8%.

“Grande parte [das regionais do sindicato] entendeu que era possível fechar o acordo com o índice abaixo da inflação, que seria de 1%, mas mesmo assim eles não aceitaram. Ela quer atacar de fato o direito dos trabalhadores”, disse o presidente Moisés de Silva.

O QUE DIZ A ESTATAL
Em nota, os Correios informou que participou de dez encontros em mesas de negociação com representantes dos trabalhadores, quando foram apresentadas a situação econômica da estatal e as propostas para o acordo – levando em conta o prejuízo acumulado de cerca R$ 3 bilhões, segundo a estatal -, mas não houve acordo.

“As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa, algo insustentável para o projeto de reequilíbrio financeiro em curso”, informou os Correios.

Segundo o comunicado, o principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *