Pai e filhos são condenados a até 25 anos de prisão por assassinato de professora em Caraguá-SP

Crime, em 2014 foi motivado por uma briga entre vizinhos. Professora Yoná Sá foi morta a tiros, dentro de um carro, onde estava com o marido. Defesa dos réus disse que vai recorrer.

Um homem e os dois filhos foram condenados, respectivamente, a 25 anos e 22 anos de prisão – cada um – pelo assassinato da professora Yoná Resende Rodrigues de Sá, em Caraguatatuba (SP). O crime foi em julho 2014 e o júri que condenou os reús ocorreu na última sexta-feira (26). A defesa dos condenados informou que vai recorrer da decisão.

O pai, Ricardo dos Santos Marques Costa; já estava preso e; os filhos, Rosendo Ferreira da Costa e Paulo Ricardo Ferreira Costa, que respondiam pelo crime em liberdade, saíram presos após a sentença no fórum no litoral norte. Apenas o genitor é réu confesso.

Segundo denúncia da promotoria, o motivo do homicídio foi uma briga entre vizinhos e o alvo seria o marido da professora. O carro do casal foi alvejado por vários tiros e a vítima, que estava no banco do passageiro, atingida.

O motivo da desavença, também conforme investigação da polícia, foi o fato da professora ter chamado atenção do vizinho por urinar no muro da casa de sua mãe.

A briga foi registrada na polícia, como atentado violento ao pudor, depois que as famílias começaram a trocar ofensas. Os disparos contra o casal ocorreram em uma saída deles para comprar refrigerante, e o carro foi cercado por duas motos. Para o MP, em uma das motos estava o pai e; na outra, os dois filhos, sendo um deles o autor dos disparos. A defesa dos réus contesta essa versão.

Na decisão, o juiz Júlio Branchini, considerou que “os sentenciados foram condenados a elevada pena, pela prática de crime violento, pelo Tribunal Popular, que é soberano, por força de norma constitucional”.

OUTRO LADO
A defesa dos condenados, o advogado Silvanio Pirani, disse que vai recorrer da decisão e entrar com habeas corpus para que os clientes respondam pelo crime em liberdade.

“Há um entendimento de que a prisão pode ocorrer a partir da decisão em segunda instância, o que não ocorreu neste caso. O juiz de primeira instância já mandou prender, o que eu avalio estar incorreto. Além disso, o pai confessou o crime e os filhos não tiveram participação, essa é a defesa no caso”, disse.
A família da vítima foi procurada, mas preferiu não comentar a condenação dos réus.

(G1)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *